Poemas de Guerra
(José Niza )
CORRE CORRE SOLDADINHO
Corre corre soldadinho
Que a vida é corrida louca
Para onde vais soldadinho
Com esse cravo na boca?
Corro para o meu amor
Com este cravo na boca
Levo comigo saudades
E a minha vida que é pouca
Para onde vais soldadinho
Com essa corrida louca?
Vou ao encontro da morte
E levo um cravo na boca.
O Magalinha
Era uma vez um magalinha
Que tinha uma galinha
Veio uma guerra daninha
E levou o magalinha
Comeram a galinha
Morreu o povo
E só se salvou
Um ovo
A Construção do Silêncio
Já pensaste
Na imensidão dos gritos sofreados
Que são necessários para construir o silêncio?
Já alguma vez calculaste
Quantas mordaças apertadas
E quantas bocas esmagadas
São indispensáveis para construir o silêncio?
Acaso algum dia imaginaste
Os queixumes abafados dos humildes
Que são fundamentais para construir o silêncio?
E contudo
Quando nos beijávamos
Quando nos amávamos
Era nesse silêncio que habitávamos
(José Niza )
CORRE CORRE SOLDADINHO
Corre corre soldadinho
Que a vida é corrida louca
Para onde vais soldadinho
Com esse cravo na boca?
Corro para o meu amor
Com este cravo na boca
Levo comigo saudades
E a minha vida que é pouca
Para onde vais soldadinho
Com essa corrida louca?
Vou ao encontro da morte
E levo um cravo na boca.
O Magalinha
Era uma vez um magalinha
Que tinha uma galinha
Veio uma guerra daninha
E levou o magalinha
Comeram a galinha
Morreu o povo
E só se salvou
Um ovo
A Construção do Silêncio
Já pensaste
Na imensidão dos gritos sofreados
Que são necessários para construir o silêncio?
Já alguma vez calculaste
Quantas mordaças apertadas
E quantas bocas esmagadas
São indispensáveis para construir o silêncio?
Acaso algum dia imaginaste
Os queixumes abafados dos humildes
Que são fundamentais para construir o silêncio?
E contudo
Quando nos beijávamos
Quando nos amávamos
Era nesse silêncio que habitávamos
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