Agora Eu Sei
Quando eu era garoto de três palmos de altura
eu falava muito alto para parecer um homem…
Eu dizia: eu sei, eu sei, eu sei, eu sei.
Era o começo da Primavera mas quando eu fiz
Dezoito anos
Eu disse: eu sei, aí está, desta vez, eu sei.
E hoje, nos dias em que volto observo a terra onde andei de um lado para o outro e ainda não sei como ela gira.
Aos vinte e cinco anos, eu sabia tudo: o amor, as rosas, a vida, os tostões.
Ah, sim, o amor! Eu tinha dado a volta toda
E infelizmente, como os colegas, eu não tinha comido todo o meu pão.
No meio da minha vida eu ainda aprendi.
O que eu aprendi cabe em três ou quatro palavras:
- No dia em que alguém te ama, faz um tempo muito bonito;
- Não posso dizer melhor: Faz um tempo muito bonito!
É o que ainda me admira na vida, eu que estou no Outono da minha vida:
- A gente esquece tanta noite de tristeza mas jamais uma manhã de ternura.
Em toda a minha juventude eu quis dizer “eu sei”.
Só que, quanto mais eu procurava, menos eu sabia.
Sessenta batidas que soavam no relógio. Ainda estou à minha janela. Olho e me pergunto:
- Agora eu sei. Eu sei que nunca se sabe!
A vida, o amor, o dinheiro, os amigos e as rosas.
Nunca se sabe o ruído nem a cor das coisas.
É tudo o que eu sei!
…Mas isso, eu sei.
Jean Gabin
eu falava muito alto para parecer um homem…
Eu dizia: eu sei, eu sei, eu sei, eu sei.
Era o começo da Primavera mas quando eu fiz
Dezoito anos
Eu disse: eu sei, aí está, desta vez, eu sei.
E hoje, nos dias em que volto observo a terra onde andei de um lado para o outro e ainda não sei como ela gira.
Aos vinte e cinco anos, eu sabia tudo: o amor, as rosas, a vida, os tostões.
Ah, sim, o amor! Eu tinha dado a volta toda
E infelizmente, como os colegas, eu não tinha comido todo o meu pão.
No meio da minha vida eu ainda aprendi.
O que eu aprendi cabe em três ou quatro palavras:
- No dia em que alguém te ama, faz um tempo muito bonito;
- Não posso dizer melhor: Faz um tempo muito bonito!
É o que ainda me admira na vida, eu que estou no Outono da minha vida:
- A gente esquece tanta noite de tristeza mas jamais uma manhã de ternura.
Em toda a minha juventude eu quis dizer “eu sei”.
Só que, quanto mais eu procurava, menos eu sabia.
Sessenta batidas que soavam no relógio. Ainda estou à minha janela. Olho e me pergunto:
- Agora eu sei. Eu sei que nunca se sabe!
A vida, o amor, o dinheiro, os amigos e as rosas.
Nunca se sabe o ruído nem a cor das coisas.
É tudo o que eu sei!
…Mas isso, eu sei.
Jean Gabin
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