Uma Lufada de Ar Fresco...
Primeiro a notícia:
- O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, instruiu o Secretário do Tesouro, Tim Gheithner, para tomar todas as medidas legais para impedir o pagamento de bónus milionários aos responsáveis da AIG, American International Group, inc.
“Isto é um insulto injustificável aos contribuintes”, disse Obama, durante a apresentação de um plano para empréstimos a pequenas empresas em Washington.
E agora, a suprema lata do Presidente da Empresa:
- “Não é uma questão de dinheiro. É uma questão de princípios” – (de maus princípios, dizemos todos nós).
Esta Seguradora, pasme-se, recebeu do Estado 134 mil milhões de euros para não falir e vai pagar de prémios aos seus executivos 128 milhões e o presidente executivo da AIG, numa carta dirigida ao Secretário do Tesouro, ameaça:
“…se os bónus não forem pagos haverá consequências legais e empresariais graves”.
Deveremos assistir, agora, a longa contenda de vencedor incerto pois, presidente de empresa que fala assim para o Estado, ou faz bluf ou tem muitos trunfos para jogar.
De realçar, as palavras do Presidente Obama, autêntica lufada de ar fresco neste mundo de interesses fétidos que não se comovem sejam quais forem as circunstâncias e condições do mundo que os rodeia.
A ganância de certos senhores pelo dinheiro, recebido de mão beijada, justifica-se a si própria como uma espécie de direito consuetudinário que se perde na noite dos tempos e por isso, por mais injusto que seja, não deve ser questionado e muito menos posto em causa.
O poder destas pessoas responsáveis pelas grandes empresas e grupos económicos, o volume de dinheiro que as suas decisões arrastam, os milhares de pessoas que deles dependem, fá-los sentir fora deste mundo, das nossas leis, dos nossos critérios de justiça.
Transportam-se em velozes automóveis, negros e enormes conduzidos por ex-profissionais do volante em circuitos que parecem estar sempre abertos para eles, vivem, como no tempo dos senhores feudais, em refúgios rodeados de jardins e de muros inacessíveis e a circunstância de terem conduzido o mundo à beira da banca rota não lhes abala a consciência, que a não têm, a soberba e a prosápia.
E por cá?
- O senhor ministro das Obras Públicas, em tom humilde e receoso de não ser ouvido, concorda com o Presidente da República na necessidade de contenção dos salários dos gestores, dizendo que já pediu reforço de transparência e contenção (as palavras bonitas que eles utilizam…) à Administração da Portugal Telecom (PT).
Entretanto, essa personagem silenciosa que se vai esgueirando de Banco para Banco, o Sr. Armando Vara, que ganhava 244.000/ano na CGD foi para o BCP, cujas acções passaram de 4 euros para 50 cêntimos, ganhar quase 500.000.
Com estes exemplos todos, quando a população se vê cada vez em maiores apertos, não admira que o Sr. Loução suba nas sondagens só que, o Bloco não quer assumir responsabilidades de governação, a Drª Ferreira Leite, ela que me desculpe, mas só me consegue deprimir, o Sr. Jerónimo continua “na justa luta dos trabalhadores e lá continuará” e o “enfant terrible” do PP não interrompe a sua veia demagógica e exige mais polícias, mais GNR(s), mais investigadores para descobrir os ladrões, mais subsídios para os desempregados e, provavelmente, também para os ex-combatentes da guerra do ultramar que até já lhe renderam uns votosinhos…
Claro que, com tantas razões de queixa e mau estar, Sócrates, pela certa, não renovará a maioria absoluta e a instabilidade política, expoente máximo da nossa democracia, irá regressar com ou sem queijos Limianos.
Como é natural, todos vão querer ter uma palavra na governação mas, como essas palavras se chocam, as decisões vão tardar e o país vai arrastar-se… e, nas actuais circunstâncias, temo por ele e por nós.
Primeiro a notícia:
- O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, instruiu o Secretário do Tesouro, Tim Gheithner, para tomar todas as medidas legais para impedir o pagamento de bónus milionários aos responsáveis da AIG, American International Group, inc.
“Isto é um insulto injustificável aos contribuintes”, disse Obama, durante a apresentação de um plano para empréstimos a pequenas empresas em Washington.
E agora, a suprema lata do Presidente da Empresa:
- “Não é uma questão de dinheiro. É uma questão de princípios” – (de maus princípios, dizemos todos nós).
Esta Seguradora, pasme-se, recebeu do Estado 134 mil milhões de euros para não falir e vai pagar de prémios aos seus executivos 128 milhões e o presidente executivo da AIG, numa carta dirigida ao Secretário do Tesouro, ameaça:
“…se os bónus não forem pagos haverá consequências legais e empresariais graves”.
Deveremos assistir, agora, a longa contenda de vencedor incerto pois, presidente de empresa que fala assim para o Estado, ou faz bluf ou tem muitos trunfos para jogar.
De realçar, as palavras do Presidente Obama, autêntica lufada de ar fresco neste mundo de interesses fétidos que não se comovem sejam quais forem as circunstâncias e condições do mundo que os rodeia.
A ganância de certos senhores pelo dinheiro, recebido de mão beijada, justifica-se a si própria como uma espécie de direito consuetudinário que se perde na noite dos tempos e por isso, por mais injusto que seja, não deve ser questionado e muito menos posto em causa.
O poder destas pessoas responsáveis pelas grandes empresas e grupos económicos, o volume de dinheiro que as suas decisões arrastam, os milhares de pessoas que deles dependem, fá-los sentir fora deste mundo, das nossas leis, dos nossos critérios de justiça.
Transportam-se em velozes automóveis, negros e enormes conduzidos por ex-profissionais do volante em circuitos que parecem estar sempre abertos para eles, vivem, como no tempo dos senhores feudais, em refúgios rodeados de jardins e de muros inacessíveis e a circunstância de terem conduzido o mundo à beira da banca rota não lhes abala a consciência, que a não têm, a soberba e a prosápia.
E por cá?
- O senhor ministro das Obras Públicas, em tom humilde e receoso de não ser ouvido, concorda com o Presidente da República na necessidade de contenção dos salários dos gestores, dizendo que já pediu reforço de transparência e contenção (as palavras bonitas que eles utilizam…) à Administração da Portugal Telecom (PT).
Entretanto, essa personagem silenciosa que se vai esgueirando de Banco para Banco, o Sr. Armando Vara, que ganhava 244.000/ano na CGD foi para o BCP, cujas acções passaram de 4 euros para 50 cêntimos, ganhar quase 500.000.
Com estes exemplos todos, quando a população se vê cada vez em maiores apertos, não admira que o Sr. Loução suba nas sondagens só que, o Bloco não quer assumir responsabilidades de governação, a Drª Ferreira Leite, ela que me desculpe, mas só me consegue deprimir, o Sr. Jerónimo continua “na justa luta dos trabalhadores e lá continuará” e o “enfant terrible” do PP não interrompe a sua veia demagógica e exige mais polícias, mais GNR(s), mais investigadores para descobrir os ladrões, mais subsídios para os desempregados e, provavelmente, também para os ex-combatentes da guerra do ultramar que até já lhe renderam uns votosinhos…
Claro que, com tantas razões de queixa e mau estar, Sócrates, pela certa, não renovará a maioria absoluta e a instabilidade política, expoente máximo da nossa democracia, irá regressar com ou sem queijos Limianos.
Como é natural, todos vão querer ter uma palavra na governação mas, como essas palavras se chocam, as decisões vão tardar e o país vai arrastar-se… e, nas actuais circunstâncias, temo por ele e por nós.
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