Tieta do Agreste
HOJE … PAUSA
Quando decidi transcrever o romance da Tieta do Agreste em episódios no Memórias Futuras, fi-lo num impulso ditado pela profunda admiração que de há muitos anos tenho por Jorge Amado.
Depois da decisão tomada, sem pensar muito nas implicações, era tarde para voltar atrás, para desistir. Compromisso é compromisso e os visitantes deste Blog passaram a ter o direito de encontrarem diariamente o episódio da história da Tieta e eu a obrigação de o lá pôr.
Assumi esse trabalho como uma responsabilidade que tem a ver com as expectativas que eu próprio criei e assim, dia após dia, exceptuando as minhas férias, previamente anunciadas, ao longo de 136 episódios, todos eles foram diariamente publicados.
Tem-me dado trabalho mas, com sinceridade, também obtive prazer porque a leitura em simultâneo com a transcrição “funciona” como uma espécie de visita guiada ao interior do edifício do romance.
A mensagem que perpassa ao longo de toda a história constitui uma lição de verdade sobre as pessoas com os seus defeitos, qualidades e profundamente humanas, reais, autênticas a fazerem-nos lembrar outras que ao longo da vida conhecemos.
Uma mulher dotada de grande coragem, sensualidade e solidariedade, aliadas ao pragmatismo indispensável de quem sobe na vida desde o degrau mais baixo é o eixo à volta do qual gira toda a história. Mas, registamos a mensagem importante que Jorge Amado nos envia através da heroína desta história, a Tieta: é que o seu sucesso como mulher sofre um grande impulso quando se relaciona com um homem muito rico e importante através de um sentimento de amor puro e desinteressado dirigido à alma e ao coração e não com qualquer outra estratégia cínica e interesseira para lhe conquistar a carteira.
Para poder regressar à sua terra natal, à família e aos conterrâneos, é obrigada a construir uma mentira com algumas meias verdades que apenas pretendem dar força e credibilidade à mentira. Mentira que ela talvez não desejasse mas à qual não podia escapar naquela sociedade atrasada, retrógrada, parada no tempo, que nunca lhe permitiria a verdade e é a partir dela, da grande mentira, que Jorge Amado vai “atando” e “desatando nós”, com uma escrita de grande simplicidade e beleza só ao alcance dos escritores de âmbito universal e intemporais, e tudo isso na língua portuguesa… na nossa língua!
Amanhã, retomaremos a história com o 2º Volume, aqui, no Memórias Futuras, e ao mesmo tempo continuaremos a proporcionar músicas que fizeram as minhas delícias em anos recuados, transportando-me à juventude, sensação agradável quando somos surpreendidos pelos setenta anos…
Então, até amanhã, com a Tieta.
Depois da decisão tomada, sem pensar muito nas implicações, era tarde para voltar atrás, para desistir. Compromisso é compromisso e os visitantes deste Blog passaram a ter o direito de encontrarem diariamente o episódio da história da Tieta e eu a obrigação de o lá pôr.
Assumi esse trabalho como uma responsabilidade que tem a ver com as expectativas que eu próprio criei e assim, dia após dia, exceptuando as minhas férias, previamente anunciadas, ao longo de 136 episódios, todos eles foram diariamente publicados.
Tem-me dado trabalho mas, com sinceridade, também obtive prazer porque a leitura em simultâneo com a transcrição “funciona” como uma espécie de visita guiada ao interior do edifício do romance.
A mensagem que perpassa ao longo de toda a história constitui uma lição de verdade sobre as pessoas com os seus defeitos, qualidades e profundamente humanas, reais, autênticas a fazerem-nos lembrar outras que ao longo da vida conhecemos.
Uma mulher dotada de grande coragem, sensualidade e solidariedade, aliadas ao pragmatismo indispensável de quem sobe na vida desde o degrau mais baixo é o eixo à volta do qual gira toda a história. Mas, registamos a mensagem importante que Jorge Amado nos envia através da heroína desta história, a Tieta: é que o seu sucesso como mulher sofre um grande impulso quando se relaciona com um homem muito rico e importante através de um sentimento de amor puro e desinteressado dirigido à alma e ao coração e não com qualquer outra estratégia cínica e interesseira para lhe conquistar a carteira.
Para poder regressar à sua terra natal, à família e aos conterrâneos, é obrigada a construir uma mentira com algumas meias verdades que apenas pretendem dar força e credibilidade à mentira. Mentira que ela talvez não desejasse mas à qual não podia escapar naquela sociedade atrasada, retrógrada, parada no tempo, que nunca lhe permitiria a verdade e é a partir dela, da grande mentira, que Jorge Amado vai “atando” e “desatando nós”, com uma escrita de grande simplicidade e beleza só ao alcance dos escritores de âmbito universal e intemporais, e tudo isso na língua portuguesa… na nossa língua!
Amanhã, retomaremos a história com o 2º Volume, aqui, no Memórias Futuras, e ao mesmo tempo continuaremos a proporcionar músicas que fizeram as minhas delícias em anos recuados, transportando-me à juventude, sensação agradável quando somos surpreendidos pelos setenta anos…
Então, até amanhã, com a Tieta.
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