INFORMAÇÕES ADICIONAIS
AO TEMA DA ENTREVISTA
COM JESUS SOBRE:
“ASCENSÃO” e “ASSUNÇÃO” (1)
“Mais Além…”
Todas as religiões dão resposta à questão do sentido da vida e da história e oferecem – e esse é o seu principal atractivo – a certeza de uma realidade “mais além” da vida que conhecemos, de uma vida que transcende a morte. No Judaísmo clássico essa realidade chama-se “ressurreição”, enquanto que no Cristianismo fala-se de “vida eterna” e no Islamismo “paraíso”.
A Última Fronteira
Na cultura de muitos povos não cristãos a morte é recebida com uma naturalidade que o Cristianismo esqueceu. Os egípcios tinham uma visão formosa da morte: morrer era chegar à outra margem. Nessa viagem o “pássaro alma” elevava-se na direcção do sol perpetuando a sua existência na imagem do deus Osíris.
Em alguns povos índios norte-americanos, não só se aguardava serenamente a morte como também se saía ao seu encontro. Quando as pessoas sentiam no seu corpo que a morte estava a chegar, despediam-se dos familiares e amigos, afastavam-se do acampamento e sentavam-se sós à espera da morte, invocando-a e assim, antes que a morte física chegasse, já eles tinham disposto o seu espírito, dizendo adeus, morrendo para tudo o que era a sua vida.
Na cultura cristã, tão influenciada pela filosofia ocidental, centrada no “eu” o medo da morte é lógico, porque na morte o nosso “eu” se dissolverá e nós não conseguimos imaginar uma continuidade da nossa vida sem uma continuidade do nosso “eu”.
O atractivo das religiões está precisamente no facto de elas prometerem a solução no futuro e essa solução no futuro inclui a permanência do “eu”. Por outro lado, ao ter-se separado da Natureza o ser humano, ao fazer-se uma dicotomia tão profunda entre o corpo e o espírito, a cultura cristã rodeou a morte de negatividade e até de terror.
Uma perspectiva alternativa, verdadeiramente cristã, deveria fazer-nos ver a morte como uma fase indispensável, natural, do processo da vida, uma meta presente em todos os processos vitais.
A morte é um sinal de que a Natureza domina a vida individual e quando o ser humano não se sente ligado à mãe Natureza ou sente-se superior a ela, com direito de domínio, receberá a morte como um destino imposto de fora, como algo triste, mais que triste, tétrico.
AO TEMA DA ENTREVISTA
COM JESUS SOBRE:
“ASCENSÃO” e “ASSUNÇÃO” (1)
“Mais Além…”
Todas as religiões dão resposta à questão do sentido da vida e da história e oferecem – e esse é o seu principal atractivo – a certeza de uma realidade “mais além” da vida que conhecemos, de uma vida que transcende a morte. No Judaísmo clássico essa realidade chama-se “ressurreição”, enquanto que no Cristianismo fala-se de “vida eterna” e no Islamismo “paraíso”.
A Última Fronteira
Na cultura de muitos povos não cristãos a morte é recebida com uma naturalidade que o Cristianismo esqueceu. Os egípcios tinham uma visão formosa da morte: morrer era chegar à outra margem. Nessa viagem o “pássaro alma” elevava-se na direcção do sol perpetuando a sua existência na imagem do deus Osíris.
Em alguns povos índios norte-americanos, não só se aguardava serenamente a morte como também se saía ao seu encontro. Quando as pessoas sentiam no seu corpo que a morte estava a chegar, despediam-se dos familiares e amigos, afastavam-se do acampamento e sentavam-se sós à espera da morte, invocando-a e assim, antes que a morte física chegasse, já eles tinham disposto o seu espírito, dizendo adeus, morrendo para tudo o que era a sua vida.
Na cultura cristã, tão influenciada pela filosofia ocidental, centrada no “eu” o medo da morte é lógico, porque na morte o nosso “eu” se dissolverá e nós não conseguimos imaginar uma continuidade da nossa vida sem uma continuidade do nosso “eu”.
O atractivo das religiões está precisamente no facto de elas prometerem a solução no futuro e essa solução no futuro inclui a permanência do “eu”. Por outro lado, ao ter-se separado da Natureza o ser humano, ao fazer-se uma dicotomia tão profunda entre o corpo e o espírito, a cultura cristã rodeou a morte de negatividade e até de terror.
Uma perspectiva alternativa, verdadeiramente cristã, deveria fazer-nos ver a morte como uma fase indispensável, natural, do processo da vida, uma meta presente em todos os processos vitais.
A morte é um sinal de que a Natureza domina a vida individual e quando o ser humano não se sente ligado à mãe Natureza ou sente-se superior a ela, com direito de domínio, receberá a morte como um destino imposto de fora, como algo triste, mais que triste, tétrico.
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