INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA nº 79 SOB O TEMA:
“VIOLÊNCIA OU NÃO VIOLÊNCIA”(4)
Monsenhor Romero, São Romero da América Latina
Monsenhor Romero, São Romero da América Latina
Já no nosso tempo, na América Latina, o arcebispo de San Salvador, Oscar Romero, sempre se opôs à violência como meio para resolver conflitos, mesmo os mais agudos – assumiu esse compromisso na véspera da guerra civil em El Salvador que durou 12 anos. Em vários momentos ele interveio, não para justificar a guerra ou a violência, mas para estabelecer a diferença entre "violência institucionalizada" e "resposta violenta". Essa linha, essa fronteira, foi uma constante não só nas suas homilias, mas sobretudo no seu desempenho diário.
Na sua homilia de 26 de Junho de 1977 explicou que a violência institucionalizada é aquela que oprime abusando dos seus direitos. A violência que se institucionaliza é a que quer abusar do poder. Perante esta posição fez eco na América Latina: “Há" - dizem os bispos em Medellín - “como um sinal dos tempos, um desejo universal de libertação”. E a Igreja, que considera que esse anseio do povo da América Latina vem do Espírito Santo que inspira a sua dignidade e o faz ver a miséria em que vive, não pode ser surda ao clamor... Perante essa situação de violência que se institucionalizou surgem os movimentos de libertação: a luta de classes, o ódio, a violência armada...
Afirmando que a violência armada "não é tampouco cristã", e rejeitando os métodos violentos para resolver os problemas nacionais do seu tempo, Monsenhor Romero, reflectiu, como Jesus, em dois campos: falou fortemente contra a "violência institucionalizada" e a "violência repressiva" condenando também a "violência de baixa intensidade” que os EUA começaram a ensaiar, já no seu tempo, contra as organizações do povo salvadorenho ( Este novo conceito de guerra particular, que é “eliminar de maneira homicida todos os esforços das organizações de base, sob o pretexto do comunismo ou do terrorismo”, escreveu ele no seu diário.) E tentou entender o que ele chamou de "violência revolucionária", considerando que era uma resposta, um resultado da "repressão violenta".
Como Jesus, Monsenhor Romero, estava ciente de que a violência de um e de outro lado, a multiplicar-se, é sempre convertida numa espiral de violência descontrolada que prejudica principalmente os pobres e indefesos. Ele estava igualmente ciente que a violência repressiva encurralava os que eram forçados a optar pela "violência revolucionária".
Tentar "entender" com a mente e o coração, com palavras e atitudes, a opção revolucionária dos pobres de seu país, a sua "resposta violenta" foi o que lhe custou a vida. (Foi assassinado em 24 de Março de 1980, enquanto celebrava a missa, por um atirador de elite do Exército Salvadorenho, treinado pelo Exército americano.)
Na sua homilia de 26 de Junho de 1977 explicou que a violência institucionalizada é aquela que oprime abusando dos seus direitos. A violência que se institucionaliza é a que quer abusar do poder. Perante esta posição fez eco na América Latina: “Há" - dizem os bispos em Medellín - “como um sinal dos tempos, um desejo universal de libertação”. E a Igreja, que considera que esse anseio do povo da América Latina vem do Espírito Santo que inspira a sua dignidade e o faz ver a miséria em que vive, não pode ser surda ao clamor... Perante essa situação de violência que se institucionalizou surgem os movimentos de libertação: a luta de classes, o ódio, a violência armada...
Afirmando que a violência armada "não é tampouco cristã", e rejeitando os métodos violentos para resolver os problemas nacionais do seu tempo, Monsenhor Romero, reflectiu, como Jesus, em dois campos: falou fortemente contra a "violência institucionalizada" e a "violência repressiva" condenando também a "violência de baixa intensidade” que os EUA começaram a ensaiar, já no seu tempo, contra as organizações do povo salvadorenho ( Este novo conceito de guerra particular, que é “eliminar de maneira homicida todos os esforços das organizações de base, sob o pretexto do comunismo ou do terrorismo”, escreveu ele no seu diário.) E tentou entender o que ele chamou de "violência revolucionária", considerando que era uma resposta, um resultado da "repressão violenta".
Como Jesus, Monsenhor Romero, estava ciente de que a violência de um e de outro lado, a multiplicar-se, é sempre convertida numa espiral de violência descontrolada que prejudica principalmente os pobres e indefesos. Ele estava igualmente ciente que a violência repressiva encurralava os que eram forçados a optar pela "violência revolucionária".
Tentar "entender" com a mente e o coração, com palavras e atitudes, a opção revolucionária dos pobres de seu país, a sua "resposta violenta" foi o que lhe custou a vida. (Foi assassinado em 24 de Março de 1980, enquanto celebrava a missa, por um atirador de elite do Exército Salvadorenho, treinado pelo Exército americano.)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home