HOJE É
DOMINGO
(Da Minha cidade de Santarém)
Sentado à mesa do meu Café nesta manhã de Domingo passo os olhos pelas notícias do jornal que continuam a “ameaçar-nos” com a crise. Fujo de ouvir os telejornais que me indispõem e cada vez mais refugio-me no desporto, na História e nos programas sobre a vida dos Animais Selvagens que me tranquilizam ao invés do que acontece com a vida dos homens embora me angustie com algumas coisas que estes lhes fazem.
Sim, claro, as decisões devem e têm que ser explicadas pelo governo, é uma situação comparada à de guerra, exige cuidados especiais, por detrás de uma economia estão pessoas... um país são pessoas. Lidar com elas exige inteligencia e sensibilidade.
A realidade é o que é e não se deve mentir às pessoas... mas não me parece que se ganhe muito atormentando-as constantemente com comunicados, notícias, comentários e opiniões na imprensa, na rádio e na televisão, falando de crise e de impostos em doses maciças.
Os portugueses precisam de janelas de esperança, de projectos para o futuro, talvez de novas soluções, de confiança, estímulos, arreganhar de esforços.
Sem as especiarias da Índia, o ouro do Brasil e as colónias de África estamos finalmente sós com uma Europa que vacila sem saber bem como vai lidar connosco.
Resolvi, por isso, contar-vos hoje uma história que vem muito a propósito da situação que vivemos e dos estados de espírito que ganham espaço em todos nós:
- “Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
As vendas foram aumentando e ele insistia cada vez mais comprando o melhor pão e as melhores salsichas. Assim, foi
necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.
O negócio prosperava... Os seus cachorros-quentes eram os melhores!
Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho que acabou a estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
Finalmente, o filho já formado voltou para casa e vendo que o que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, teve uma séria conversa com ele:
- Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é muito crítica. Há que economizar!
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e Internet e acha isto, então só pode ter razão!
Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior); começou a comprar salsichas mais baratas (que já não eram tão boas) e para economizar ainda mais deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada.
Abatido pela notícia da crise, triste e deprimido, já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas estas “providências”, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis. O negócio de cachorros-quentes do homem que antes gerava recursos... faliu.
O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.
E comentou com os amigos, orgulhoso: - “Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...”
Tirem os meus amigos a moral desta história que entenderem mais apropriada.
Eu, por mim, digo: se tem que ser venha a crise mas não me falem mais dela…
Bom Domingo a todos e… não se deixem abater pelas más notícias.
- “Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
As vendas foram aumentando e ele insistia cada vez mais comprando o melhor pão e as melhores salsichas. Assim, foi
necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.
O negócio prosperava... Os seus cachorros-quentes eram os melhores!
Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho que acabou a estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
Finalmente, o filho já formado voltou para casa e vendo que o que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, teve uma séria conversa com ele:
- Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é muito crítica. Há que economizar!
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e Internet e acha isto, então só pode ter razão!
Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior); começou a comprar salsichas mais baratas (que já não eram tão boas) e para economizar ainda mais deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada.
Abatido pela notícia da crise, triste e deprimido, já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas estas “providências”, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis. O negócio de cachorros-quentes do homem que antes gerava recursos... faliu.
O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.
E comentou com os amigos, orgulhoso: - “Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...”
Tirem os meus amigos a moral desta história que entenderem mais apropriada.
Eu, por mim, digo: se tem que ser venha a crise mas não me falem mais dela…
Bom Domingo a todos e… não se deixem abater pelas más notícias.
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