sexta-feira, setembro 30, 2011

INFORMAÇÔES ADICIONAIS



À 18ª ENTREVISTA SOBRE O TEMA:


“REZAR O TERÇO” (3)


Rosário: Uma Arma Política



Até aos dias de hoje a devoção ao rosário foi associada tanto à piedade popular mais tradicional que encontra nesta repetição de palavras conhecidas calma e consolo, como a projectos político-militares tão longe dos ensinamentos de Jesus como as guerras religiosas.

Em 1571, os soldados dos Estados Pontifícios de Veneza, Génova e Espanha lutaram contra os muçulmanos em Lepanto e depois da carnificina daquela batalha naval atribuíram ao rosário a vitória do cristianismo sobre o Islão.

Em 1716, o príncipe Eugénio de Sabóia derrotou Temesvar na moderna Roménia, um exército turco e a vitória militar foi atribuída à recitação do Rosário pelas tropas cristãs. Em 1917, o rosário foi recomendado em Portugal, numa das muitas "aparições" de Maria em Fátima, para "a conversão da Rússia", ou seja, para o fracasso do projecto político que tinha começado naquele país.

Actualmente, o rosário é associado à cruzada do Vaticano contra os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres: em Cleveland, Estados Unidos, Jesus Cristo teria falado a uma vidente para pedir-lhe para rezar um rosário especial em que as contas eram lágrimas de um feto nela embutidas. De acordo com o vidente, esta oração tem a missão de parar o aborto, controle de natalidade e pílula do dia seguinte, e assim, de acordo com esta disparatada "revelação", aquelas medidas de controle da natalidade são a causa de guerras e dos desastres naturais que assolam nosso mundo.

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