TEREZA
BATISTA
CANSADA
DE GUERRA
Episódio Nº 251
Você não vai querer vender figas e berimbaus na zona, isso é lá com o pessoal do Mercado, aqui não paga a pena.
O Comissário não percebeu onde o detective quis chegar e todavia não era difícil, partindo a proposta de policial lotado no sector de drogas e entorpecentes.
- Quem falou em figas e berimbaus? Falo de uns cigarrinhos…
- Cigarros – Peixe Cação faz um enorme esforço para entender e pensa ter entendido: - Ah! Já sei, você quer trocar camisas de Vénus por maços de cigarros americanos, não é?
Também serve, cigarro americano é dinheiro no bolso. Sei onde a gente pode colocar.
Evidentemente, não se deve esperar de Peixe Cação raciocínio rápido e brilhante, mas o Comissário é homem inteligente e experimentado. O detective enxuga o suor, baixa a voz:
- Cigarros de erva. De maconha.
- Ah!
Em silêncio, ruminam a proposta. Vender na rua, usar a mesma equipa de preservativos e dos afrodisíacos, não pode ser. Mercadoria a usar comércio discreto, negócio bem mais sério e complicado. Não dá para ser discutido em bar, local público. O Comissário se levanta:
- Vamos sair daqui. Temos de estudar isso com calma.
De pé, Peixe Cação grita para o proprietário:
- Espeta aí, galego.
Pequenas vantagens de quem zela pela moral e pela ordem públicas. Ah! Milhares de marinheiros. De tão contente, Peixe Cação tem vontade de dançar. De passagem quase derruba o ombro de um freguês que vai entrando e de pura satisfação ri na cara do infeliz:
- Não gostou? Dê seu jeito!
14
Peixe Cação – por ter comido as duas filhas menores, facto notório, além da irmã da esposa, também menor. Mais houvesse mais comeria, o amor à família inflama o peito de Nicolau Ramada Júnior. Tais feitos domésticos tornaram-se públicos, quando a cunhada pôs a boca no mundo e proclamou:
- Peixe Cação come as filhas, as duas! Me comeu também, na cama de minha irmã.
Criatura ingrata, fazendo escândalo, levando ao conhecimento geral intimidades do lar, por questão de somenos. Tendo ela anunciado a disposição de abandonar a família para amigar-se com alto funcionário da Secretaria da Agricultura, Nicolau se propôs receber justa indemnização pelas despesas feitas com a cunhada naqueles últimos cinco anos: casa, comida, roupa lavada, educação completa. Em paga do dinheiro gasto, da dedicação e do carinho comprovados na cama, só obteve insultos e o apelido a acompanhá-lo vida fora. De ingratidão, ninguém está livre, não é mesmo?
O Comissário não percebeu onde o detective quis chegar e todavia não era difícil, partindo a proposta de policial lotado no sector de drogas e entorpecentes.
- Quem falou em figas e berimbaus? Falo de uns cigarrinhos…
- Cigarros – Peixe Cação faz um enorme esforço para entender e pensa ter entendido: - Ah! Já sei, você quer trocar camisas de Vénus por maços de cigarros americanos, não é?
Também serve, cigarro americano é dinheiro no bolso. Sei onde a gente pode colocar.
Evidentemente, não se deve esperar de Peixe Cação raciocínio rápido e brilhante, mas o Comissário é homem inteligente e experimentado. O detective enxuga o suor, baixa a voz:
- Cigarros de erva. De maconha.
- Ah!
Em silêncio, ruminam a proposta. Vender na rua, usar a mesma equipa de preservativos e dos afrodisíacos, não pode ser. Mercadoria a usar comércio discreto, negócio bem mais sério e complicado. Não dá para ser discutido em bar, local público. O Comissário se levanta:
- Vamos sair daqui. Temos de estudar isso com calma.
De pé, Peixe Cação grita para o proprietário:
- Espeta aí, galego.
Pequenas vantagens de quem zela pela moral e pela ordem públicas. Ah! Milhares de marinheiros. De tão contente, Peixe Cação tem vontade de dançar. De passagem quase derruba o ombro de um freguês que vai entrando e de pura satisfação ri na cara do infeliz:
- Não gostou? Dê seu jeito!
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Peixe Cação – por ter comido as duas filhas menores, facto notório, além da irmã da esposa, também menor. Mais houvesse mais comeria, o amor à família inflama o peito de Nicolau Ramada Júnior. Tais feitos domésticos tornaram-se públicos, quando a cunhada pôs a boca no mundo e proclamou:
- Peixe Cação come as filhas, as duas! Me comeu também, na cama de minha irmã.
Criatura ingrata, fazendo escândalo, levando ao conhecimento geral intimidades do lar, por questão de somenos. Tendo ela anunciado a disposição de abandonar a família para amigar-se com alto funcionário da Secretaria da Agricultura, Nicolau se propôs receber justa indemnização pelas despesas feitas com a cunhada naqueles últimos cinco anos: casa, comida, roupa lavada, educação completa. Em paga do dinheiro gasto, da dedicação e do carinho comprovados na cama, só obteve insultos e o apelido a acompanhá-lo vida fora. De ingratidão, ninguém está livre, não é mesmo?
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