terça-feira, fevereiro 21, 2012

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES


À ENTREVISTA Nº 30 SOBRE O TEMA:


“VIOLÊNCIA SOBRE AS MULHERES”(1)

Uma história muito chocante



A história de Jesus e da adúltera só aparece no Evangelho de João (8:1-11) e nem em todos os manuscritos antigos que sobreviveram a partir deste evangelho. Alguns exegetas explicam que ela foi reprimida nos outros três Evangelhos e nos manuscritos originais de João porque a posição de Jesus com a mulher "pecadora", sua flexibilidade, o seu desafio à lei religiosa de obrigatoriedade de apedrejamento, foi considerada excessiva e até mesmo escandalosa para as primeiras comunidades judaico-cristãs, educados numa cultura discriminadora das mulheres.

Paulo: Em Cristo não há homem nem mulher



A violência contra as mulheres tem as suas raízes mais profundas nas religiões patriarcais e o judaísmo do tempo de Jesus era uma religião totalmente patriarcal. As atitudes de Jesus para com as mulheres foram escândalosas. Etimologicamente, "escândalo" é "a pedra na qual se tropeça."


Apesar dos ensinamentos de Jesus, baseados na igualdade entre os seres humanos e, portanto, entre homens e mulheres, essas “pedras” não poderiam ser suprimidas completamente. E, embora em seus escritos, Paulo reflita a sua educação judaica tradicional, ele também tem expressões que, sem dúvida, causaram um grande impacto no seu meio e no seu tempo.

A frase mais conhecida de Paulo em favor da igualdade do género é:

- “Em Cristo não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem ou mulher, todos eles são um só em Jesus Cristo” (Gl 3 26-28).

Particularmente relevante nesta frase é que o judeu Paulo está rejeitando explicitamente a oração diária dos judeus:


- “Bendito sejas Tu, Senhor, por me fazeres judeu e não gentio, livre e não escravo, macho e não fêmea”.

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