segunda-feira, março 05, 2012

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

À ENTREVISTA Nº 40 SOBRE O TEMA:

“O SACRAMENTO DA CONFISSÂO” (1)

Um Pouco de História


Rafael Martinez é um cristão que há muito deixou de se confessar. Participa nestas Entrevistas fornecendo dados históricos para entendermos como "nasceu" este "sacramento", que nada tem a ver com a mensagem libertadora de Jesus e agora é já uma prática antiquada para muitos outros cristãos ao redor do mundo.

No cristianismo primitivo, entendeu-se que com as águas do baptismo começava uma nova vida e que este ritual era o suficiente para se ser limpo do pecado.

Esta "limpeza" foi compreendida nas primeiras comunidades como uma "conversão", uma "mudança de vida." É no século III que "o sacramento da penitência" pelos pecados cometidos depois do baptismo começa a organizar-se e praticar-se regularmente. Durante séculos, quem perdoava os pecados eram somente os bispos. A prática da penitência (a "confissão" era feita ao Bispo e este foi o primeiro passo no rito) era pública: começando com a exclusão do pecador da celebração da Eucaristia durante uns tempos, mais ou menos, em função da maior ou menor gravidade dos pecados. E só havia penitência pelos pecados graves. O "penitente" devia usar um crachá para dar a conhecer a todo mundo que se reconhecia como pecador.

A penitência "privada" que conhecemos hoje e a que geralmente chamamos de "confissão" - começa no século VI, sob a influência dos monges irlandeses, como foi explicado na Entrevista com Jesus por Rafael Martinez. A partir do século IX, os livros litúrgicos ensinam como praticar a penitência privada. E assim, o que nos primeiros séculos era um processo que levava dias, semanas ou meses, foi reduzida para apenas um pouco de conversa entre o penitente e o confessor, que já não tinha que ser o Bispo e poderia ser um qualquer sacerdote. Desde então, este ritual é extensivo a todas as igrejas cristãs. O quarto Concílio de Latrão (1215) estabeleceu a obrigação de confessar os pecados a um sacerdote, pelo menos uma vez por ano.

No século XVI a Reforma Protestante negou a confissão, alegando que não é preciso nenhum intermediário entre Deus e os homens.

Site Meter