INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
À ENTREVISTA Nº 56
SOBRE O TEMA: “HOMOSSEXUALIDADE” (4)
Não
"contra a natureza", mas muito presente na Natureza
O Museu de História Natural de Oslo,
Noruega, inaugurou em 2006 uma exposição surpreendente sobre a homossexualidade
entre os animais. Com fotos e filmagens mostraram cenas de girafas
macho a acasalarem baleias fêmeas copulando, macacos macho estimulando-se genitalmente, insectos, gatos, cães, polvos
do mesmo sexo interagindo, flamingos gays, papagaios lésbicos ...
O zoólogo Peter Bockman, um dos
organizadores da exposição, explicou que os cientistas observaram comportamento
homossexual em mil e qui nhentas
espécies de animais, levando à conclusão de que a homossexualidade é uma
realidade natural e frequente. Bockman refuta a ideia de que esses
comportamentos aconteçam apenas em zoológicos, onde os animais estão
confinados, e diz que a homossexualidade é observada entre os animais selvagens
no seu ambiente, observando que existem casais gays de aves e mamíferos que se
mantêm juntos a vida inteira. A
exposição destaca a frequência da homossexualidade entre os pinguins. Em algumas colónias, um em cada dez
casais é gay, uma percentagem semelhante à observada entre os seres humanos. Também se refere à bissexualidade: No
caso do chimpanzé bonobos, o animal mais próximo do Homo sapiens, a espécie
inteira é bissexual. Há também
espécies de peixes transexuais e outros travestis.
A partir destas observações, Bockman
conclui que a ideia de que o sexo é usado apenas para a reprodução não é
verdadeira, mesmo entre os animais, para os quais as relações sexuais, bem como
para os seres humanos, é mais um assunto de prazer e de lazer do que de
reprodução. Com esta exposição,
os organizadores procuraram refutar cientificamente todos os argumentos e todos
os prejuízos homofóbicos que qualificam o comportamento homossexual como uma
perversão "contra-natura”.
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