Pronto, já cá estamos! Sempre com a
mesma alegria, os mesmos abraços, as mesmas festas.
No fundo, no fundo, estamos apreensivos,
mas não é verdade que essa sensação de receio e apreensão se vem a repetir nos últimos
anos?...
E como poderia ser de outra maneira se
ao longo do último ano, todos os dias, os noticiários nos encheram de notícias
tristes, como diz a minha neta Filipa, de oito anos?
Em 2014 vamos ter dois acontecimentos
que se repetem espaçadamente: as eleições para o Parlamento europeu e a Copa do
Mundo de Futebol no Brasil.
Na europa, irá haver uma ligeira alteração
nas regras da eleição do Presidente do Parlamento tornando-a um pouco mais
aberta mas no fundo, o que vai estar em causa face às consequências,
especialmente nas sociedades dos países do Sul da Europa, das políticas de
austeridade impostas pela Alemanha personificadas pela Srª Merkel, é escolher
alguém que a possa contrariar.
Jean Claud Junquer, luxemburguês, e o
socialista alemão Martins Shultz , este com a desvantagem de ser compatriota da
Srª Merkel, parecem ser os mais fortes candidatos mas qual irá ser o voto dos
partidos da extrema direita?
É fácil capitalizar o descontentamento e
mal - estar mas nunca a favor de soluções viáveis e construtivas. E diga-se o
que disser, o futuro dos europeus passa pelo aprofundamento e aperfeiçoamento
da Comunidade Europeia porque aventuras isoladas de qualquer país europeu, num
mundo globalizado, não conduz a lado nenhum.
A Copa do mundo de Futebol no Brasil, em
Maio, levanta uma considerável incógnita ou pelo menos um enorme desafio.
Quarenta
e oito jogos num mês com os problemas e dificuldades que isso implica numa sociedade
em que os brasileiros, especialmente os das grandes cidades, estão preocupados
com problemas de transporte, saúde, educação e segurança é, com certeza, grande
motivo de preocupação para a Srª Dilma Russeff, outra senhora… aos comandos de
um enorme espaço político com a vantagem de que este só fala uma língua e não
tem atrás de si uma história de guerras, divisões e nacionalismos com centenas
de anos…
Bem, daqui
a um ano, se formos vivos, já saberemos quem foi o campeão, mas para mim o mais
importante é que tudo corra bem termos organizativos e desportivos. Se assim for, a vitória do Brasil poderá ser a “cereja no topo do bolo”…
Desejo que sim pois a equipa portuguesa, com sorte, pode chegar longe mas nunca ganhar.
Desejo que sim pois a equipa portuguesa, com sorte, pode chegar longe mas nunca ganhar.
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