está escrito.
Havia muito a impressão de que, para não
deixar dúvidas, as “coisas” deviam ficar escritas porque “palavras leva-as o
vento”. A palavra oral não tem o valor da palavra escrita.
O resultado está à vista: dois textos,
a Bíblia e o Corão, escritos há muitos séculos e milénios, muito antes da
Revolução Francesa, da Abolição da Escravatura, da Carta Universal dos Direitos
do Homem, dos avanços científicos, do esplendor da civilização ocidental e das
lutas sem fim pela conqui sta da
liberdade e do respeito pelos direitos, hoje consagrados, de todos os homens e
mulheres, esses dois textos, marcam as preocupações dos nossos dias.
Melhor seria que nunca tivessem sido
escritos, que tivéssemos ficado pelas “palavras leva-as o vento”.
Na América do Norte um grupo poderoso
de cristãos evangélicos mais um grupo de judeus, continua a dizer, como no
Velho Testamento, que Deus deu aos judeus o território de Israel e os deserdados
dos palestinianos, que sempre lá viveram, que façam o favor de se retirarem, a
bem ou a mal.
O Corão, 1500 anos depois de ter sido
escrito não faz sentido nenhum. Tomado literalmente é um Código Penal obsoleto
e inaceitável onde Deus, pela voz do Profeta, pretende regular cada hora e cada
aspecto da vida de um crente.
Tem sido assim a evolução da sociedade
árabe nestes últimos 100 anos fruto do petróleo e do conjunto de interesses que
à sua volta se constituíram.
Os mais ricos, compram palácios,
castelos e clubes de futebol, enquanto os outros mandam ensinar nas madrassas o
ódio aos ocidentais.
Assim, chegámos à génese do que é
verdadeiramente grave como problema mundial dos dias de hoje: diferenças
religiosas e culturais entre os povos ditadas pelo motor da fé.
Só resta resistir, lutar e resistir.
As Forças Armadas Portuguesas não
acertam com o campo de batalha. Lutaram em África para impedirem o legítimo
direito de acesso dos povos colonizados à independência e agora, para questões
da nossa sobrevivência e ao contrário do que faz a Holanda, a Bélgica e a
Dinamarca, cuja aviação está envolvida nos combates ao EI, ficam em casa a discutir
carreiras e promoções ou o outro magno problema que é fusão entre o Colégio de
Odivelas e o Colégio Militar.
“O apoio militar está fora de causa”
diz ufano e vitorioso o nosso carismático ministro dos Negócios estrangeiros,
Rui Machete.
Está cheio de razão Miguel de Sousa
Tavares no seu artigo de hoje no Expresso, leiam.
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