domingo, fevereiro 08, 2015

Largo do Seminário em  Santarém
HOJE É DOMINGO
(Na minha cidade de Santarém em 7/2/15)










O Wolfgang Schäuble pode saber muito de finanças mas não percebe nada de geografia pois se for ver o mapa, como, aliás, devem ter ido os seus antecessores de há 70 anos, perceberá que o problema da Grécia não se limita a uma questão financeira e que o seu valor geo-estratégico vale muito mais do que a dívida soberana.
É esta ignorância da senhora Merkel e do seu ministro das Finanças que justifica a diferença de posições entre a Alemanha e os EUA., Enquanto os alemães, bem como os badamecos germanófilos do nosso país, estão pouco preocupados com as consequências da falência da Grécia, já Obama defende soluções que passem pelo crescimento da economia grega.



A Grécia fica mesmo ali ao lado da Turquia do acesso ao Mar Negro, nos Balcãs e a caminho do Estreito de Dardanelos e já quase com vista para a Crimeia e para a Ucrânia, já para não dizer que da Grécia ao Médio Oriente do Califado Islâmico é só um pulinho. Que divertido ficaria o Mediterrâneo e o mundo se um dia destes a Nato conseguisse uma base naval no Mar Negro e, em contrapartida, a Rússia instalasse uma parte da sua frota na Grécia!



Estes imbecis acham que a Grécia pode ir à bancarrota, mas continua no euro, na UE e mantém-se como um aliado firme da UE e da Alemanha! É caso para dizer ao Wolfgang Schäuble "é a geografia estúpido!". A verdade é que o estúpido ainda não percebeu que a Grécia fica mais perto e com bom caminho até à Ucrânia amiga do que indo a partir de Berlim, até parece que os alemães nunca lá foram...
Do Blog O JUMENTO

Nota Não sabemos ainda como vão acabar as negociações em curso e qual o futuro do Syrisa e da Grécia.
Até ao momento temos uma posição de intransigência da Alemanha e de recuos por parte do governo grego.
Novas propostas vão ser apresentadas pelo Ministro das Finanças grego  e agora espera-se para ver..,. Tudo, aparentemente, gira à volta de números e de dinheiro que têm a ver directamente com um povo que sofre as maiores provações de todos no conjunto da Comunidade Europeia.
Falta aqui uma abordagem política nesta história que não está muito bem contada pois grande parte da dívida dos gregos destinou-se a pagar aos bancos alemães que estão agora bem melhores do que estavam relativamente à exposição da dívida grega.
De resto, dizem os estudos que apenas 10% de toda a dívida reverteu em favor dos interesses do povo grego aplicado em investimentos.
Mas agora, o que se começa a perguntar, neste momento de incertezas, é se todos os líderes europeus  já ponderaram as consequências para a Europa da saída da Grécia, não só da zona Euro como do projecto europeu e é para essas eventuais consequências que o nosso amigo do Jumento chama a atenção  no seu estilo tão característico.  
Se a Srª Merkel está agora tão preocupada, e muito bem, com a situação na Ucrânia, com que preocupações ficará depois?

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