trabalha
para os
Bancos...
Bancos...
Quando
nos é dito o que anualmente temos de pagar de juros da dívida do país,
qualquer coisa com sete mil milhões de euros, percebemos que todos os dias nos
sentamos à mesa, ao almoço e ao jantar, com os nossos credores.
Qualquer
coisa falta sobre a toalha para podermos cumprir as nossas obrigações
para com eles, o que é compreensível. Se anualmente pedimos dinheiro aos outros é porque gastamos mais do que produzimos e, nessa medida, temos de o pagar.
Esta
dívida permanente não significa, forçosamente, desgoverno e tem que ser
explicada porque um país não é bem a mesma coisa que uma família que, numa
situação normal de rendimentos, se deve manter dentro deles, poupando, se
possível ou entendido como conveniente.
Permite-se
a um país que se endivide para criar condições que permitam um futuro melhor
aos cidadãos.
Há
até percentagens fixadas para os montantes dessas dívidas relativamente à
riqueza que o país produz e que são consideradas adequadas e razoáveis.
Infelizmente,
a nossa dívida já disparou desses valores indicados pelas instâncias
internacionais, 60%, para mais de 131%.
Isto
é assim desde que, passado o período de Salazar, instalada a democracia, os
nossos governantes começaram a interessar-se pelo governados, criando-lhes
condições que não tinham e que fazia deles atrasados, analfabetos,
desamparados na doença, na velhice e nas condições de vida.
Como
então não se descobriu petróleo ou mina pujante de ouro, inevitavelmente
tivemos que nos endividar.
Foram
decisões correctas porque as pessoas estão, ou devem estar, em primeiro lugar
nas preocupações de quem governa.
Claro
que, neste âmbito, há muito espaço para mangas, como se costuma dizer, mas isso
já não tem a ver com as políticas mas sim com quem as aplica, com a a sua
competência e honestidade.
Isto
era aqui lo que nós sabíamos, de
certa forma fazia já parte da nossa vida colectiva, agora, ... pagarmos
falências de Bancos, uns a trás dos outros, já lá vão mais de 13.000 milhões de
euros e o que mais adiante se verá, isso não!...
Falências
que caem sobre nós, fruto de deficiências do sistema bancário e da incompetência e desonestidade de banqueiros – não
sei se lhes deva chamar assim - sem que o castigo por tão graves danos, lhes
seja aplicado.
De um,
lembro-me eu, que depois de ter enganado os clientes vendendo-lhes gato por
lebre, apareceu com todo o descaramento na televisão, agitando um livrinho "onde
estava tudo explicado", dizia ele... ou de um outro, que entre duas dentadas na sandes,
confessava que não era capaz de resistir à volúpia do dinheiro..., de um
terceiro, soberbo e distante, que era conhecido como DDT (Dono Disto Tudo), nem
vale a pena falar... continua a viver no seu imenso casarão cuja propriedade
onde está instalado, tem um muro alto que dobra a rua para o outro lado...
Esta
relação difícil que temos com o dinheiro, mais ou menos a todos os níveis, mas
que é especialmente gritante nos Bancos, não pode ser genética ou fruto da
influencia do ar do mar que respiramos, mas que começa a perseguir-nos como uma
espécie de maldição secreta, isso é verdade...
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