O cartaz da discórdia |
Jesus
também
tinha 2 pais.
Enormes cartazes com o símbolo do Bloco de Esquerda
mostram a imagem do Sagrado Coração de Jesus com a frase: “Jesus também tinha 2
pais”. A finalidade era celebrar a mudança da lei da adopção
que permite a um casal de homossexuais perfilharem uma criança.
Católicos, políticos e a comunidade gay reagiram mal e
a Igreja considerou-a ofensiva.
Os políticos do Bloco são assim: gostam de chocar,
surpreender, provocar...
Depois de terem, finalmente, assumido
responsabilidades na condução política do país, suportando, juntamente com os
deputados do PCP, o governo do PS, situação inédita em todo o seu percurso, resta-lhes, agora, “alegrar a vida” com estes cartazes nas chamadas "questões fracturantes"
As sensibilidades religiosas que, para mim, têm o seu
quê de doentio, especialmente numa sociedade como a nossa, em que os católicos
são pessoas tolerantes e compreensivas, como lhes ensina a moral da sua própria
religião, deveriam apenas ter chamado a atenção para a redundância da afirmação.
É óbvio que todos os crentes, nomeadamente os católicos
e não só Jesus, têm 2 pais, o biológico e o que está no céu... presente, de
resto, na sua principal oração: “Pai nosso que estais no céu...”
Portanto, a alusão a Jesus, “de que também teve 2 pais”,
não passa de uma brincadeira de palavras, uma provocação de mau gosto,
descabida, “inoportuna”, como afirmou Louça, ou “um erro”, na opinião de Marisa
Matias, deputada europeia, candidata vencida na eleição à Presidência da República,.
Para mim, que não sou crente, mas convivi em jovem com
os jesuítas, que aprendi a respeitar pela vida fora,como de resto, a todas as
pessoas religiosas, este cartaz é não é “uma afronta” como disse um católico
fervoroso, Negrão de Lima, apenas um disparate com pouco sentido, em que a “bota
não bate com a perdigota” ou, se qui sermos,
dizer apenas como a letra de Sérgio Godinho:
-“ ... há dias de manhã em que um homem à tarde não pode sair
à noite nem voltar de madrugada...”
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