sexta-feira, fevereiro 05, 2016

Um governante patriota


sem pin na lapela











"Governo português ameaça bloquear o Acordo da União Europeia com Cameron a menos que a Comissão aceite as suas propostas fiscais." 


Charles Grant, que é um reputado especialista da Zon Euro avançou com esta informação e Wollfgang Munchau, outro distinto jornalista na mesma área de questões, que publica no International New York Times, adiantou que é a primeira vez que um país europeu liga as suas próprias reivindicações em Bruxelas  com o Acordo já conseguido pelo Reino Unido – vitória já apregoada mas que terá de ser ainda ratificada por todos os países membros.


Os negociadores portugueses estão a tirar partido da circunstância de estarem neste momento a negociar o seu Orçamento para pressionarem uma aprovação a troco de uma posição favorável relativamente ao Acordo com o Reino Unido que exige um voto por unanimidade de todos os países membros da União.

Claro que o Governo português desmentiu tê-lo feito e nenhum daqueles especialistas acredita que uma ameaça destas pudesse ser concretizada.

No entanto, as relações diplomáticas destas negociações, constituem uma forma de lembrar que mesmo países pequenos e pouco preponderantes como Portugal, têm força e meios que devem ser usados, ou pelo menos lembrados, na defesa dos seus interesses.

E sugere Munchau que Renzi, 1º Ministro de Itália, deve inspirar-se nos portugueses.

De certeza que não leríamos isto se não fosse António Costa à frente do governo em vez de um Passos Coelho submisso e concordante com todas as ordens de Bruxelas.


A ousadia faz parte dos governos patriotas mesmo quando os seus líderes não andam com o pin da bandeira portuguesa na lapela do casaco...

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