Um governante patriota
sem pin na lapela
"Governo português ameaça bloquear o Acordo da União Europeia com Cameron a menos que a Comissão aceite as suas propostas fiscais."
Charles Grant, que é um reputado especialista da Zon Euro avançou com esta informação e Wollfgang Munchau, outro distinto jornalista na mesma área de questões, que publica no International New York Times, adiantou que é a primeira vez que um país europeu liga as suas próprias reivindicações em Bruxelas com o Acordo já conseguido pelo Reino Unido – vitória já apregoada mas que terá de ser ainda ratificada por todos os países membros.
Os negociadores portugueses estão a
tirar partido da circunstância de estarem neste momento a negociar o seu
Orçamento para pressionarem uma aprovação a troco de uma posição favorável
relativamente ao Acordo com o Reino Unido que exige um voto por unanimidade de
todos os países membros da União.
Claro que o Governo português desmentiu
tê-lo feito e nenhum daqueles especialistas acredita que uma ameaça destas
pudesse ser concretizada.
No entanto, as relações diplomáticas
destas negociações, constituem uma forma de lembrar que mesmo países pequenos e
pouco preponderantes como Portugal, têm força e meios que devem ser usados, ou
pelo menos lembrados, na defesa dos seus interesses.
E sugere Munchau que Renzi, 1º Ministro de Itália, deve
inspirar-se nos portugueses.
De certeza que não leríamos isto se não
fosse António Costa à frente do governo em vez de um Passos Coelho submisso e
concordante com todas as ordens de Bruxelas.
A ousadia faz parte dos governos
patriotas mesmo quando os seus líderes não andam com o pin da bandeira
portuguesa na lapela do casaco...
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