Os ingleses vivem mergulhados sob a influência cultural de um passado histórico do tempo da Távola Redonda e do Rei Artur, que faz deles uma espécie de chineses da Europa, misteriosos e insondáveis.
Vão fazer um referendo à população
que não lembrava nem ao diabo mas que não escapou àquelas mentalidades sempre inqui etas...
-
Ficamos ou saímos da Comunidade Europeia?
- Estabelecemos ou não barreiras alfandegárias
aos produtos que importamos da Europa que até agora entram livremente, mesmo
que isso custe mais a cada família, anualmente, cerca de dois mil euros?
- Fechamos novamente o país e a sua capital,
Londres, aos contributos dados pelas pessoas de outros povos e culturas que
entram agora com toda a liberdade enriquecendo-nos culturalmente?
Perguntas angustiantes com que os ingleses se
confrontam mas para as quais, tudo indica, vão dar uma resposta corajosa:
- Sim! – Saímos.
E mais uma vez, com aquele orgulho tipicamente britânico, vão tratar do seu “green”, espetar no centro o pau da bandeira para poderem hasteá-la, orgulhosamente, ao som do God Save the Queen
... Gosto dos nossos aliados, do seu tipicismo, talvez por nós não termos nenhum para além do velho "desenrasque-se", muito nosso, e que tantos problemas nos ajudaram a resolver ao longo da vida.
Sózinhos contra os alemães, máquina poderosa de guerra, com toda a restante Europa a rezar para que se saíssem bem ou ficaríamos debaixo da pata do paranóico do Hitler.
Nossos velhos aliados, uma aliança de 1373, a mais antiga do mundo que, dizem os intriguistas, funcionou sempre mais para o lado deles do que do que para o nosso... descobriram no Norte do nosso país o melhor vinho do mundo, O Porto, contributo a favor de toda a humanidade com requintado paladar para vinhos.
... E agora não sabem se ficam ou saem da Europa, questão estranha, ou não fossem eles próprios também estranhos...
Ah!, que não são iguais a nós, mas do lado de cá também ninguém é igual a ninguém.
É verdade que não temos o Canal da Mancha a separar-nos, mas já fizeram um túnel para anular essa barreira aquática, e o que teria feito sentido era decidirem, antes da construção desse túnel, se queriam ficar ou partir... agora parece-me tarde!
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