À vossa... |
Ano de 2017
Para quem nasceu em 1939, como eu, 2017 começa a
ser já muito ano e por isso devo estar agradecido não só por estar cá como
igualmente por estar bem.
Viver é uma oportunidade rara, única e, acima de
tudo, irrepetível, por isso não consigo perceber tanta gente que se queixa,
muitos por razões fúteis, quando têm este lindo dia de sol de inverno com
o qual a minha cidade de Santarém me presenteia, para já não falar da paz e
tranqui lidade em que vivemos.
A guerra da Síria, os refugiados, o “melenas” do
Trump, não são, propriamente, cenários de fundo atraente... mas alguma vez
vivemos sem nuvens atemorizadoras?
Do futuro não sabemos nada e dentro da pequenez
de cada um de nós não nos cabe fazer o que quer que seja para além de
acompanharmos pelo jornal o que vai por esse mundo fora.
Por isso, o que me apetece é sentar ao sol e desfrutar
do seu calor suave que até a alma nos aquece e agradecer este nosso clima tão
benigno que só pode ser oferta dos deuses para nos compensar de outras coisas amargas,
entre elas os juros da dívida do país que iremos pagando nos tempos futuros com
a ajuda dos filhos, netos e bisnetos... Por isso, mais uma razão para nos
aquecermos a este sol que a maior parte dos outros não tem, servido em amena temperatura
e ao qual só faltará a casqui nha de
limão para melhorar o sabor...
Mais uma ou duas horas e o frio virá impor-se com fim da tarde, como lhe compete em dia de inverno que se preze, porque
inverno sem frio não é inverno e cada coisa, agradável ou não, quer-se no seu
tempo e lugar para que tudo seja como era, para nós que já somos velhos...
Eu tive sempre uma certa simpatia pelo frio da
minha terra, que é aceitável porque moderado, e a gente pode defender-se dele
muito facilmente com uma simples manta por cima do corpo estendido num sofá a ler ou a ver televisão.
Na hora em que vos escrevo, parte do mundo já
vive no Ano de 2017 e a outra metade aguarda, com o espumante e as passas à mão de semear,
para cumprir o ritual da passagem de ano.
Para todos vós apenas um desejo:
- Que sejam o mais felizes que puderem!...
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