Ter Medo...
O mundo é outro desde que Trump foi eleito Presidente dos EUA,
mais ameaçador, mais triste, como o dia de hoje em Portugal, frio, húmido e sombrio, convidativo
para estar em casa.
Infelizmente, em termos globais, só temos esta casa, houvesse outro planeta e esta
seria uma ópt ima oportunidade para
mudar.
Legitimado pela eleição, não pelo voto onde perdeu, Trump vinga-se agora
recambiando para os seus países de origem os imigrantes, como castigo por não terem votado nele e, sem perder tempo, tal como prometeu, lá vai com o muro
para a frente para isolar o país daqueles “chatos”e miseráveis dos mexicanos.
O seu ego, desmesurado e doentio, deve ter atingindo os limites do
impensável e o nosso futuro nas mãos de um homem, que tem algo de patético,
ligado por vínculos obscuros à víbora do Putin com quem, ao que parece, se entende muito bem, é
no mínimo ameaçador.
Com ele, começou o último dia do mundo conhecido, disse o meu jornalista
de eleição Ferreira Fernandes, no dia em que ele tomou posse... e eu tenho essa sensação.
Maria de Lurdes Rodrigues que foi nossa Ministra da Educação,
muito contestada pela CGTP, o que não vem ao caso, estabelece em três planos as
rupt uras radicais de que podemos ser
vítimas:
- A primeira, a das relações internacionais que passam pelas ameaças
ao Irão e à China, as posições sobre a NATO, ONU, e à União Europeia, do namoro
com a víbora do Putin com quem parece entender-se muito bem, à desvalorização
das questões do clima e do ambiente e a denúncia anunciada aos Acordos de Livre
Comércio, tudo num quadro de relações internacionais que estão em causa;
- Em segundo lugar, o uso
da sua conta pessoal de twiter para comunicar politicamente com os cidadãos,
ameaçando e insultando quantos se lhe opõem, o que é próprio dos populista
candidatos a ditadores senhores do mundo:
- Em terceiro lugar, “os
negócios” e a “coisa pública” que se misturaram pois ninguém, por mais ingénuo que seja, acredita
que tenha entregue aos herdeiros a gestão das suas 500 empresas espalhadas por dezasseis países do mundo num flagrante conflito de interesses.
Isto é inédito na história dos EUA: o “poder político” tomado pelo
“poder económico” numa ameaça clara ao legado democrático do país que assim
fica em risco.
Trump não gosta da imprensa que o critica e discorda dele, por isso as
ameaças com os dedos apontados...
Como referiu o jornal britânico Guardian, quando ele tomou posse, o
Presidente Roosevelt, em 1933, tinha desafiado o mundo a superar o medo. Trump,
em 2017, disse ao mundo para ter medo.
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