quarta-feira, julho 12, 2017

Férias

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Mar







                                   
                       










Depois de uma “longa” ausência de uma semana por motivo de férias no distante Algarve, aqui estamos novamente. O Memórias Futuras regressa à sua rotina diária, que o mesmo é dizer que a minha vida regressa ao cumprimento das suas “obrigações”...

Uma semana de férias em Albufeira que, mais uma vez, confirmou que aquela região do país é sinónimo de bom tempo, céu limpo e calor moderado, continua a merecer a confiança que todos os anos, portugueses e estrangeiros, nela depositam mas, oito dias, para mim, que sou conservador e caseiro, são a medida justa para estar fora da minha casa, da minha rua, do meu sofá e da mesa do meu Café. Mais, já seria castigo. A semana é agora a conta certa.

Há umas dezenas de anos atrás as coisas eram muito diferentes levando-me, então, a dizer que oito dias era só o tempo necessário para desfazer e voltar a fazer as malas...

Sou pessoa, como já devem ter percebido, conservadora no que diz respeito a hábitos de vida, mas os anos operam mudanças e eu não sou excepção

No tempo da Idade Média seria um daqueles que se ofereceria para defender o Castelo...

Basta-me sair de casa uma vez por dia, da parte da manhã, para tomar o pequeno almoço, à mesa do Café de onde vos escrevo e leio o jornal diário sem o qual não começo o dia mesmo sabendo quase todas as notícias... mas lidas no jornal têm mais sabor, à luz do sol da manhã do começo de um novo dia dá-lhes uma autenticidade especial.

“Aquilo só pode mesmo ser tudo verdade, especialmente as que são apresentadas em letras garrafais...”

Por outro lado, embora não goste, reconheço que me faz bem andar aqueles quinhentos metros de casa para o Café, lá no fundo da rua e outros tantos “ó para cá,”- como se dizia na aldeia dos meus avós -  que percorro calmamente conferindo que na minha rua nada mudou desde o dia anterior.

Gosto da vida em repouso... da vida pela vida, pelo nascer e pôr do sol, quando chove ou faz bom tempo, para além daquela outra razão de carácter mais filosófico que tem a ver com a oportunidade rara, provavelmente única, espécie de Sorte Grande que só sai aos outros e nos calhou a nós mesmo quando nascemos, mesmo que não tenhamos muito essa consciência.

Quantas coisas tiveram que se conjugar para que a vida em si mesmo e a minha em particular fossem possíveis?... - De tal forma que foi necessário inventar o Cálculo das Probabilidades a roçar quase o Infinito, para termos uma ideia de que tudo, afinal, não passou de um acaso.

Nascemos por acaso, somos por acaso aquilo que somos, num espaço de tempo inferior ao simples piscar de olhos na eternidade dos tempos... Mas o que é que isto tem a ver com as férias que dá o título a este texto?

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