sábado, setembro 09, 2017

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O retrato traduz bem o personagem

El-Rei 

D. Sebastião 












O regime monárquico em que o rei detinha o poder absoluto teve, em D. Sebastião, não o seu mais terrível representante, cuja fama, título e proveito  terá ficado para D.Pedro, o Cru, Cruel ou Justiceiro, apenas superado, neste aspecto, pelo seu primo em Espanha que, ao que dizem, ainda foi pior.


D. Sebastião não era violento. Tanto quanto reza a história era um jovem lerdo e paranoico com um ódio doentio aos mouros que o derrotaram em Alcácer-Kibir, onde se mostrou perfeitamente incapaz de se conduzir na guerra tal como na paz.

Os mouros apiedaram-se dele e ofereceram-lhe uma derrota honrosa que ele recusou, constituindo-se numa autentica dor de cabeça para os seus fidalgos que o seguiam nas suas loucas aventuras guerreiras.

O rei de Espanha, percebendo estas características, manifestamente doentias, foi protelando por todos os pretextos e mais um, a mão da sua filha em casamento até que tudo acabou com o desaparecimento do noivo que se transformou num mito de que haveria de aparecer numa manhã de nevoeiro o que levou os lisboetas a esperá-lo, inutilmente, dias a fio onde é hoje o Terreiro do Paço.

D. Sebastião era um caso patológico, no fundo, um miúdo desmiolado de quem até o inimigo, no campo da batalha, se apiedou.

Situações deste tipo foram acontecendo ao longo da história das monarquias absolutas na Europa com reis príncipes e princesas, duques e condes, no fundo, com os homens do poder, pois, que me conste, Hitler ou Mussolini não era gente da realeza...

Pior estamos nós agora pois as espadas e lanças dessas época foram substituídas pelos mísseis que hoje atravessam continentes levando consigo bombas atómicas e de hidrogénio de um poder assustador e a comandá-las homens loucos como Kim Jong - Un ou destravados da cabeça como Trump.

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