José Sócrates e o preçogo petróleo
José Sócrates e o Preço do Petróleo
José Sócrates terminou mais uma das suas periódicas deslocações à Assembleia da República para falar, desta vez, sobre economia e, claro, toda a oposição quis saber quais as medidas que o governo ia adoptar para travar esta espiral louca dos preços dos combustíveis.
Voltar aos tempos da regulamentação, baixar a carga fiscal dos 60% que incide sobre os combustíveis, subsidiar os preços relativamente a alguns sectores de actividade, nomeadamente o dos transportes, públicos e privados de mercadorias, foram várias as hipóteses sugeridas e às quais o governo respondeu com uma outra: congelamento do preço dos passes sociais nos transportes públicos até ao fim do corrente ano.
Para além desta medida de alcance social que se dirige às pessoas mais carenciadas que se deslocam em transportes públicos e que procura, também, “empurrar” a população cada vez mais para este tipo de transporte, nenhum outro tipo de intervenção foi indicado pelo 1º Ministro.
Entretanto, já se fala de mais um aumento ainda esta semana a comprovar que a subida, não só é em espiral, como também é louca…e quando as coisas chegam a estes termos é evidente que a solução já não está nas mãos do governo e, principalmente, no baixar dos impostos ou na atribuição de subsídios.
Ir por esse caminho era fazer o jogo das Companhias Petrolíferas, dos especuladores e, principalmente, dos países donos do petróleo que, neste momento, antevêem-se já compradores de todo o mundo.
O desafio que neste momento está lançado não é, propriamente, ao governo de José Sócrates, é muito mais ainda à população portuguesa e às populações de todos os países europeus e do mundo que, neste momento, estão a ser vítimas de uma política de extorsão por parte dos donos do petróleo.
Aos governos dos países compradores de petróleo o que se lhes deve assacar é a responsabilidade da falta de visão política que não lhes permitiu antever que podíamos vir a ser confrontados com esta situação e não criaram a tempo, e numa conjuntura diferente e mais favorável, soluções de alternativa.
Pensou-se que a evolução dos preços do petróleo se verificaria sempre através de uma curva, umas vezes ascendente outras descendente, mas que permitisse às economias que dele dependem prosperar, mais ou menos, até porque asfixiar completamente, ou quase, os compradores era arriscarem a morte da galinha dos ovos de ouro.
No entanto, parece ser isso que está a acontecer pela reacção de alarme das pessoas desencadeando movimentos de boicote ao consumo.
E esse é o caminho, não de um grupo isolado de pessoas aqui ou ali, neste país ou naquele, por falta de impacto suficiente, mas de todos os países consumidores.
O mercado, por muito que digam que está equilibrado (estaria não fossem os especuladores) funcionará sempre através da inexorável lei da oferta e da procura e está nas nossas mãos com algum incómodo, já se vê, baixar a procura se formos capazes de actuar de forma concertada ao nível de todos os consumidores.
Aos governos dos países que se deixaram apanhar nesta armadilha é a corrida, agora desesperada, às energias alternativas, aos produtos que se possam adicionar às gasolinas e a toda uma política de transportes públicos eficientes.
Veja-se o caso da Noruega:
- Segundo maior produtor de petróleo da Europa;
- Terceiro maior país exportador de gás natural;
- Anunciou, recentemente, a descoberta de novas reservas da ordem dos 2 a 3 milhões de metros cúbicos de petróleo:
No entanto, os noruegueses pagam a gasolina a 1,60 euros/ litro numa clara indicação que o futuro não passa por ali.
Quanto a nós, e porque não há soluções milagrosas e muito menos de um dia para o outro, preparemo-nos para mudar, tanto quanto possível, os nossos hábitos e cerrar os punhos porque eles não nos hão-de vencer.
José Sócrates terminou mais uma das suas periódicas deslocações à Assembleia da República para falar, desta vez, sobre economia e, claro, toda a oposição quis saber quais as medidas que o governo ia adoptar para travar esta espiral louca dos preços dos combustíveis.
Voltar aos tempos da regulamentação, baixar a carga fiscal dos 60% que incide sobre os combustíveis, subsidiar os preços relativamente a alguns sectores de actividade, nomeadamente o dos transportes, públicos e privados de mercadorias, foram várias as hipóteses sugeridas e às quais o governo respondeu com uma outra: congelamento do preço dos passes sociais nos transportes públicos até ao fim do corrente ano.
Para além desta medida de alcance social que se dirige às pessoas mais carenciadas que se deslocam em transportes públicos e que procura, também, “empurrar” a população cada vez mais para este tipo de transporte, nenhum outro tipo de intervenção foi indicado pelo 1º Ministro.
Entretanto, já se fala de mais um aumento ainda esta semana a comprovar que a subida, não só é em espiral, como também é louca…e quando as coisas chegam a estes termos é evidente que a solução já não está nas mãos do governo e, principalmente, no baixar dos impostos ou na atribuição de subsídios.
Ir por esse caminho era fazer o jogo das Companhias Petrolíferas, dos especuladores e, principalmente, dos países donos do petróleo que, neste momento, antevêem-se já compradores de todo o mundo.
O desafio que neste momento está lançado não é, propriamente, ao governo de José Sócrates, é muito mais ainda à população portuguesa e às populações de todos os países europeus e do mundo que, neste momento, estão a ser vítimas de uma política de extorsão por parte dos donos do petróleo.
Aos governos dos países compradores de petróleo o que se lhes deve assacar é a responsabilidade da falta de visão política que não lhes permitiu antever que podíamos vir a ser confrontados com esta situação e não criaram a tempo, e numa conjuntura diferente e mais favorável, soluções de alternativa.
Pensou-se que a evolução dos preços do petróleo se verificaria sempre através de uma curva, umas vezes ascendente outras descendente, mas que permitisse às economias que dele dependem prosperar, mais ou menos, até porque asfixiar completamente, ou quase, os compradores era arriscarem a morte da galinha dos ovos de ouro.
No entanto, parece ser isso que está a acontecer pela reacção de alarme das pessoas desencadeando movimentos de boicote ao consumo.
E esse é o caminho, não de um grupo isolado de pessoas aqui ou ali, neste país ou naquele, por falta de impacto suficiente, mas de todos os países consumidores.
O mercado, por muito que digam que está equilibrado (estaria não fossem os especuladores) funcionará sempre através da inexorável lei da oferta e da procura e está nas nossas mãos com algum incómodo, já se vê, baixar a procura se formos capazes de actuar de forma concertada ao nível de todos os consumidores.
Aos governos dos países que se deixaram apanhar nesta armadilha é a corrida, agora desesperada, às energias alternativas, aos produtos que se possam adicionar às gasolinas e a toda uma política de transportes públicos eficientes.
Veja-se o caso da Noruega:
- Segundo maior produtor de petróleo da Europa;
- Terceiro maior país exportador de gás natural;
- Anunciou, recentemente, a descoberta de novas reservas da ordem dos 2 a 3 milhões de metros cúbicos de petróleo:
No entanto, os noruegueses pagam a gasolina a 1,60 euros/ litro numa clara indicação que o futuro não passa por ali.
Quanto a nós, e porque não há soluções milagrosas e muito menos de um dia para o outro, preparemo-nos para mudar, tanto quanto possível, os nossos hábitos e cerrar os punhos porque eles não nos hão-de vencer.
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