quarta-feira, novembro 26, 2008


O Cuco



Na noite passada, fui convidado para uma reunião com a “malta” e disse à minha mulher que estaria de volta pela meia-noite -“Prometo!”.

Mas as horas passaram rápido, o sangue já escasseava no meio do álcool e a cabeça começava a andar às voltas.

Por volta das três da manhã, bêbado que nem um cacho, fui para casa. Mal entrei e fechei a porta, o Cuco no hall disparou e “cantou” 3 vezes.

Rapidamente, percebendo que a minha mulher podia acordar eu fiz cu-cu mais 9 vezes. Fiquei, realmente, orgulhoso de mim mesmo por ter tido uma ideia tão brilhante e rápida para evitar um possível conflito com ela, mesmo estando com uma bebedeira de caixão à cova.

Na manhã seguinte, a minha mulher perguntou a que horas eu tinha chegado na noite anterior e eu disse-lhe que por volta da meia-noite. Ela não pareceu nem um bocadinho desconfiada. Ufa! daquela tinha eu escapado!

Então, ela disse: Nós precisamos de um novo Cuco, amor… e quando perguntei por quê ela respondeu: Esta noite o relógio fez cu-cu 3 vezes e depois disse, “foda-se”. Fez cu-cu mais 4 vezes, pigarreou, cantou mais 3 vezes, riu, cantou mais 2 vezes. Depois, tropeçou na merda do gato e peidou-se.

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