Tieta do Agreste
EPISÓDIO Nº58
EPISÓDIO Nº58
Ambas vestidas, despidas em sumários biquinis, Antonieta e Leonora deitam-se sobre as pedras. Estendidas de bruços, desabotoam os sutiãs para melhor bronzearem as costas, sobram volumes proibidos, dignos de ver-se.
Ricardo mergulha, nada para longe. Peto atira o anzol bem perto, aproveita, os olhos vão e vêm. O melhor banho é à noite, sob o luar. Quando a lua crescer, virão com Ascânio, já combinaram.
Tieta admira Ricardo, nadando em grandes braçadas, mergulhando, atravessando o rio, um jovem atleta, moreno, musculoso. Alguém se aproxima, vem deitar-se perto, sobre as pedras: dona Edna, desejando bom dia. Acompanhada por Terto, seu marido embora não pareça. Ricardo vem vindo em direcção à enseada, Tieta acompanha o olhar de dona Edna a envolver o rapaz, a cabra deve gostar de meninos, ei-la mordendo o lábio inferior. Não vê que ainda não está no ponto, verde demais. Delambida, descarada. Ricardo se aproxima, sai da água, senta-se nas pedras ao lado do irmão, sorri para a tia e para Leonora. Atrevida, dona Edna:
- Bom dia, Ricardo.
- Bom dia dona Edna, não tinha visto a senhora.
- Você nada bem.
- Eu? Peto nada muito melhor.
Também dona Edna baixou as alças do maiô e Ricardo desvia a vista enquanto Peto confere e julga. Não há comparação possível, as tetas da tia e da prima vencem facilmente e dão lambujem. Tieta acompanha a cena, apoia-se no cotovelo, deitada de lado. Casada e puta, dona Edna, e o marido, que mansidão de corno! Zangada, Antonieta? Ficou puritana ou protege a integridade da família e da Igreja? O sobrinho não chegou ao ponto, nem de vez está.
Peto, menino perdido, ousado, sem noção do respeito, toca o braço de Ricardo, segreda:
- Os cabelos da tia estão saindo do biquini.
- Cabelos?
- Os de baixo, espie. Os pentelhos.
Ricardo não espia; severo, fita o irmão, olhar de censura e advertência, atira-se no rio novamente. Peto nem liga: Cardo vive por fora, um careta.
Enquanto passa creme nas costas da esposa – marido deve ter alguma serventia – Terto dirige-se a Tieta:
- É verdade, dona Antonieta, que a senhora…
- Telegrafei, sim. E o senhor apostou? Achando que vai vir a luz ou não?
- Eu não apostei, onde vou buscar dinheiro para apostas? Edna acha…
Antonieta não se interessa pela opinião de dona Edna. Vagabunda! Prende o sutiã, durante a operação os seios aparecem duros, opulentos, não esses molambos que dona Edna faz questão de exibir. Põe-se de pé, de um salto mergulha nas águas da Bacia de Catarina, em braçadas largas nada para o meio do rio onde está Ricardo. Peto abandona vara e anzol, convida Leonora:
- Vamos?
Dona Edna mede o garoto, ainda não lhe acende o pito.
Ricardo mergulha, nada para longe. Peto atira o anzol bem perto, aproveita, os olhos vão e vêm. O melhor banho é à noite, sob o luar. Quando a lua crescer, virão com Ascânio, já combinaram.
Tieta admira Ricardo, nadando em grandes braçadas, mergulhando, atravessando o rio, um jovem atleta, moreno, musculoso. Alguém se aproxima, vem deitar-se perto, sobre as pedras: dona Edna, desejando bom dia. Acompanhada por Terto, seu marido embora não pareça. Ricardo vem vindo em direcção à enseada, Tieta acompanha o olhar de dona Edna a envolver o rapaz, a cabra deve gostar de meninos, ei-la mordendo o lábio inferior. Não vê que ainda não está no ponto, verde demais. Delambida, descarada. Ricardo se aproxima, sai da água, senta-se nas pedras ao lado do irmão, sorri para a tia e para Leonora. Atrevida, dona Edna:
- Bom dia, Ricardo.
- Bom dia dona Edna, não tinha visto a senhora.
- Você nada bem.
- Eu? Peto nada muito melhor.
Também dona Edna baixou as alças do maiô e Ricardo desvia a vista enquanto Peto confere e julga. Não há comparação possível, as tetas da tia e da prima vencem facilmente e dão lambujem. Tieta acompanha a cena, apoia-se no cotovelo, deitada de lado. Casada e puta, dona Edna, e o marido, que mansidão de corno! Zangada, Antonieta? Ficou puritana ou protege a integridade da família e da Igreja? O sobrinho não chegou ao ponto, nem de vez está.
Peto, menino perdido, ousado, sem noção do respeito, toca o braço de Ricardo, segreda:
- Os cabelos da tia estão saindo do biquini.
- Cabelos?
- Os de baixo, espie. Os pentelhos.
Ricardo não espia; severo, fita o irmão, olhar de censura e advertência, atira-se no rio novamente. Peto nem liga: Cardo vive por fora, um careta.
Enquanto passa creme nas costas da esposa – marido deve ter alguma serventia – Terto dirige-se a Tieta:
- É verdade, dona Antonieta, que a senhora…
- Telegrafei, sim. E o senhor apostou? Achando que vai vir a luz ou não?
- Eu não apostei, onde vou buscar dinheiro para apostas? Edna acha…
Antonieta não se interessa pela opinião de dona Edna. Vagabunda! Prende o sutiã, durante a operação os seios aparecem duros, opulentos, não esses molambos que dona Edna faz questão de exibir. Põe-se de pé, de um salto mergulha nas águas da Bacia de Catarina, em braçadas largas nada para o meio do rio onde está Ricardo. Peto abandona vara e anzol, convida Leonora:
- Vamos?
Dona Edna mede o garoto, ainda não lhe acende o pito.
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