DIÁLOGO
FICCIONAL
COM JESUS
DA NAZARETH
COM JESUS
DA NAZARETH
2º Tema - O ABORTO
RAQUEL - Numa das verdes colinas que rodeiam Nazaré, continuamos com Jesus Cristo, que gentilmente nos vem concedendo declarações exclusivas que captam o interesse de nossos ouvintes e muito especialmente das nossas ouvintes.
JESUS - É que as mulheres sempre têm os ouvidos mais abertos para o Reino de Deus, Raquel.
RAQUEL - Suponho que já esteja sabendo da insistência com que as autoridades das igrejas cristãs, as que seguem o senhor, condenam o aborto e mandam aos infernos as mulheres que interrompem sua gravidez. Gostaria de falar sobre isso hoje para nós?
JESUS - Sim, por que não?
RAQUEL - Preparando-me para esta entrevista, estive folheando a Bíblia a direito e a revés e não encontro o que o senhor disse sobre o aborto. Poderia me indicar em que página está?
JESUS - Em nenhuma. Eu nunca falei sobre o aborto.
RAQUEL - Nunca?
JESUS - Nunca. Neste caso quem procura não encontrará.
RAQUEL - E como se explica que tratando-se de um tema tão transcendente o senhor não tenha dito nada?
JESUS - E o que eu iria dizer sobre a gravidez ou do aborto? Os homens não engravidam. O que sabemos nós sobre essas coisas?
RAQUEL - Isso é verdade, mas…
JESUS - Em Nazaré, eram as parteiras que sabiam. Elas assistiam as mulheres quando lhes chegava a hora. E também sabiam como terminar uma má gestação.
RAQUEL - E o que era uma má gestação naquele tempo?
JESUS - Bom, a de uma mulher doente e sem forças. Ou a de uma mulher pobre e com uma penca de filhos. Também havia jovens que engravidavam de homens abusadores. Nas aldeias do norte, os soldados romanos forçavam as mulheres, até as meninas. Uma boa gravidez era sempre uma bênção de Deus mas diante de uma má gravidez teria que se pensar no que fazer.
RAQUEL - Vocês perguntavam ao sacerdote o que fazer?
JESUS - Não. Nem aos sacerdotes, que viviam em Jerusalém, nem aos rabinos, que estavam mais próximos nas sinagogas. Como eu disse, os homens não se metiam nisso. Como íamos nos meter, se não sabíamos nada? As parteiras decidiam.
RAQUEL - E como faziam?
JESUS - Usavam ervas. Não havia remédios como as que me dizem que há agora. As ervas eram remédios para todas as doenças. As parteiras conheciam a erva-doce, a arruda silvestre, a losna… Conheciam a medida para cada padecimento… Com ervas as mulheres abortavam. Aquelas parteiras eram sábias. Algumas entraram em nosso movimento.
RAQUEL - Confesso que estou desconcertada. Então, o aborto não era pecado?
JESUS - Por que seria pecado, Raquel? As parteiras rezavam a Deus quando assistiam as mulheres nos partos e o louvavam quando a criatura nascia sã. Também rezavam quando ajudavam a terminar uma má gravidez. E agradeciam se tudo saia bem. Elas pediam a Deus que guiara suas mãos... Eram mulheres de muita fé.
RAQUEL - Escuta os telefones, Jesus Cristo? Tudo o que o senhor nos disse é extremamente novo e até escandaloso. Ouça quantas chamadas… continuaremos falando do aborto, Jesus Cristo?
JESUS - Claro que sim, Raquel, seguiremos falando da vida.
JESUS - É que as mulheres sempre têm os ouvidos mais abertos para o Reino de Deus, Raquel.
RAQUEL - Suponho que já esteja sabendo da insistência com que as autoridades das igrejas cristãs, as que seguem o senhor, condenam o aborto e mandam aos infernos as mulheres que interrompem sua gravidez. Gostaria de falar sobre isso hoje para nós?
JESUS - Sim, por que não?
RAQUEL - Preparando-me para esta entrevista, estive folheando a Bíblia a direito e a revés e não encontro o que o senhor disse sobre o aborto. Poderia me indicar em que página está?
JESUS - Em nenhuma. Eu nunca falei sobre o aborto.
RAQUEL - Nunca?
JESUS - Nunca. Neste caso quem procura não encontrará.
RAQUEL - E como se explica que tratando-se de um tema tão transcendente o senhor não tenha dito nada?
JESUS - E o que eu iria dizer sobre a gravidez ou do aborto? Os homens não engravidam. O que sabemos nós sobre essas coisas?
RAQUEL - Isso é verdade, mas…
JESUS - Em Nazaré, eram as parteiras que sabiam. Elas assistiam as mulheres quando lhes chegava a hora. E também sabiam como terminar uma má gestação.
RAQUEL - E o que era uma má gestação naquele tempo?
JESUS - Bom, a de uma mulher doente e sem forças. Ou a de uma mulher pobre e com uma penca de filhos. Também havia jovens que engravidavam de homens abusadores. Nas aldeias do norte, os soldados romanos forçavam as mulheres, até as meninas. Uma boa gravidez era sempre uma bênção de Deus mas diante de uma má gravidez teria que se pensar no que fazer.
RAQUEL - Vocês perguntavam ao sacerdote o que fazer?
JESUS - Não. Nem aos sacerdotes, que viviam em Jerusalém, nem aos rabinos, que estavam mais próximos nas sinagogas. Como eu disse, os homens não se metiam nisso. Como íamos nos meter, se não sabíamos nada? As parteiras decidiam.
RAQUEL - E como faziam?
JESUS - Usavam ervas. Não havia remédios como as que me dizem que há agora. As ervas eram remédios para todas as doenças. As parteiras conheciam a erva-doce, a arruda silvestre, a losna… Conheciam a medida para cada padecimento… Com ervas as mulheres abortavam. Aquelas parteiras eram sábias. Algumas entraram em nosso movimento.
RAQUEL - Confesso que estou desconcertada. Então, o aborto não era pecado?
JESUS - Por que seria pecado, Raquel? As parteiras rezavam a Deus quando assistiam as mulheres nos partos e o louvavam quando a criatura nascia sã. Também rezavam quando ajudavam a terminar uma má gravidez. E agradeciam se tudo saia bem. Elas pediam a Deus que guiara suas mãos... Eram mulheres de muita fé.
RAQUEL - Escuta os telefones, Jesus Cristo? Tudo o que o senhor nos disse é extremamente novo e até escandaloso. Ouça quantas chamadas… continuaremos falando do aborto, Jesus Cristo?
JESUS - Claro que sim, Raquel, seguiremos falando da vida.
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