ENTREVISTAS FICCIONADAS A JESUS CRISTO
Chegámos à 13ª entrevista de Raquel a Jesus Cristo e destes diálogos ressalta o tom tranquilo, quase humilde, de Jesus Cristo. Ele percebe que as suas respostas não confirmam os ensinamentos recebidos ou herdados por Raquel sobre a sua vida e a da sua família, que constituem mesmo revelações surpreendentes e chocantes, e daí a subtileza que ele emprega nos esclarecimentos que lhe presta.
A igreja sabe que as convicções religiosas, ou outras quaisquer, precisam de se apoiar em histórias que desçam ao pormenor das coisas do dia-a-dia para as tornar mais convincentes e que a fantasia faz parte das melhores histórias.
A fé religiosa, a tal “necessidade de acreditar”, instrumento de sobrevivência da nossa espécie, facilita e permite a passagem destas histórias que enchem os nossos imaginários e se tornam parte integrante de nós mesmos. Percebemos isso, quando continuamos a ver em reportagens passadas pelo canal público da Televisão que nos entram em casa em doses maciças, milhares de pessoas em peregrinação a caminho de Fátima aproveitando a visita do Papa.
Para um Estado que se diz laico e republicano significa que ele não consegue nem lhe interessa subtrair-se à força que a igreja possui entre nós numa já ancestral aliança entre o Poder e a Igreja.
Vamos respeitar as pessoas que vão a Fátima em peregrinação. Fazem-no, a maior parte, por imperativos interiores, os restantes, familiares e amigos, como simples acompanhantes solidários no esforço físico das caminhadas.
Os homens da Igreja, desta ou de qualquer outra, não descobriram nem inventaram a fé, apenas se aproveitam dela, usam-na em seu favor como um instrumento para dominarem a consciência dos seus semelhantes e obterem poder e riqueza.
A mensagem de Jesus Cristo, já afirmada nestas entrevistas, é de Justiça e todos nós compreendemos que uma sociedade que fosse justa ou constituída por homens predominantemente justos, nem precisaria que eles fossem bons e solidários porque a bondade e a solidariedade servem, precisamente, para tentarem reparar as consequências das injustiças.
Pois bem, se Deus, pela boca de Jesus Cristo, afirma que os homens têm de ser justos, se essa é a sua mensagem, então aqueles que não conseguirem sê-lo por si próprios, acreditem em Deus e sejam justos em obediência a Ele.
É que a justiça é mais do que uma meta, um desígnio, uma mensagem e, embora deva ser tudo isto, provavelmente pode vir a ser uma condição de sobrevivência para a humanidade porque à medida que as consciências despertam para os valores e direitos do homem, de resto já consagrados internacionalmente, mais difícil e problemático será viver num mundo onde, por significativos que tenham sido já os avanços nesse sentido, ainda há injustiças gritantes.
O caminho da racionalidade parece-me, sem dúvida, ser o mais consistente, o que melhor corresponde à natureza da nossa espécie de “homo sapiens, sapiens”, sem recurso a crenças, de resto perigosas como se vê nos tempos que correm, mas também percebo que esse caminho é o mais difícil e o mais demorado de conseguir.
Entretanto, continuaremos a transcrever as entrevistas de Raquel com Jesus Cristo. Paradoxalmente, elas poderão dar uma ajuda nesse caminho…
Chegámos à 13ª entrevista de Raquel a Jesus Cristo e destes diálogos ressalta o tom tranquilo, quase humilde, de Jesus Cristo. Ele percebe que as suas respostas não confirmam os ensinamentos recebidos ou herdados por Raquel sobre a sua vida e a da sua família, que constituem mesmo revelações surpreendentes e chocantes, e daí a subtileza que ele emprega nos esclarecimentos que lhe presta.
A igreja sabe que as convicções religiosas, ou outras quaisquer, precisam de se apoiar em histórias que desçam ao pormenor das coisas do dia-a-dia para as tornar mais convincentes e que a fantasia faz parte das melhores histórias.
A fé religiosa, a tal “necessidade de acreditar”, instrumento de sobrevivência da nossa espécie, facilita e permite a passagem destas histórias que enchem os nossos imaginários e se tornam parte integrante de nós mesmos. Percebemos isso, quando continuamos a ver em reportagens passadas pelo canal público da Televisão que nos entram em casa em doses maciças, milhares de pessoas em peregrinação a caminho de Fátima aproveitando a visita do Papa.
Para um Estado que se diz laico e republicano significa que ele não consegue nem lhe interessa subtrair-se à força que a igreja possui entre nós numa já ancestral aliança entre o Poder e a Igreja.
Vamos respeitar as pessoas que vão a Fátima em peregrinação. Fazem-no, a maior parte, por imperativos interiores, os restantes, familiares e amigos, como simples acompanhantes solidários no esforço físico das caminhadas.
Os homens da Igreja, desta ou de qualquer outra, não descobriram nem inventaram a fé, apenas se aproveitam dela, usam-na em seu favor como um instrumento para dominarem a consciência dos seus semelhantes e obterem poder e riqueza.
A mensagem de Jesus Cristo, já afirmada nestas entrevistas, é de Justiça e todos nós compreendemos que uma sociedade que fosse justa ou constituída por homens predominantemente justos, nem precisaria que eles fossem bons e solidários porque a bondade e a solidariedade servem, precisamente, para tentarem reparar as consequências das injustiças.
Pois bem, se Deus, pela boca de Jesus Cristo, afirma que os homens têm de ser justos, se essa é a sua mensagem, então aqueles que não conseguirem sê-lo por si próprios, acreditem em Deus e sejam justos em obediência a Ele.
É que a justiça é mais do que uma meta, um desígnio, uma mensagem e, embora deva ser tudo isto, provavelmente pode vir a ser uma condição de sobrevivência para a humanidade porque à medida que as consciências despertam para os valores e direitos do homem, de resto já consagrados internacionalmente, mais difícil e problemático será viver num mundo onde, por significativos que tenham sido já os avanços nesse sentido, ainda há injustiças gritantes.
O caminho da racionalidade parece-me, sem dúvida, ser o mais consistente, o que melhor corresponde à natureza da nossa espécie de “homo sapiens, sapiens”, sem recurso a crenças, de resto perigosas como se vê nos tempos que correm, mas também percebo que esse caminho é o mais difícil e o mais demorado de conseguir.
Entretanto, continuaremos a transcrever as entrevistas de Raquel com Jesus Cristo. Paradoxalmente, elas poderão dar uma ajuda nesse caminho…
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