INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA SOB O TEMA:
ADÃO E EVA - V e Última Parte
A EVA NEGRA
A genética ensinou-nos que os seres humanos modernos não nasceram em nenhum paraíso bíblico com árvores proibidas e serpentes tentadoras. Em vez disso, nascemos em África há cerca de 150.000 anos depois de uma evolução de outras centenas de milhares de anos a partir de humanos mais primitivos que, por sua vez, evoluíram durante milhões de anos de hominídeos primitivos que, por sua vez, evoluíram de primatas…
Num determinado momento, há cerca de 100.000 anos, aqueles primeiros humanos modernos, que não foram expulsos de nenhum paraíso, encetaram, em busca de alimento e também pela aventura, a primeira migração fora de África (antepassados seus, não humanos modernos, já o teriam feito em épocas mais remotas).
Foram para a Europa e para a Ásia e milhares de anos depois cruzaram as estepes geladas do norte do planeta para povoar a América.
As investigações genéticas baseadas no ADN mitocondrial – presente em todas as células do nosso corpo e apenas herdadas das nossas mães – indicam que naquela primeira migração da humanidade só participou um dos 13 clãs humanos que povoaram originariamente o continente africano. Aquele único clã de aventureiros e aventureiras era constituído por um número muito pequeno de homens e de mulheres e alguns cientistas chamam-lhe o “Clã de Lara” e consideram que descendemos todos de uma única mulher que, poeticamente, baptizaram de “Lara”. Esta mulher negra é a verdadeira Eva da Humanidade.
Esta teoria, denominada de Eva Negra está explicada de uma maneira ampla e bela pelo geneticista britânico Bryan Sykes (Prof. de Genética da Universidade de Oxford e que publicou a sua 1ª pesquisa sobre ADN de restos arqueológicos no Jornal Nature em 1989) num livro que estuda as origens da humanidade intitulado: “As Sete Filhas de Eva” (Editorial Debate, 2001).
Temos África no Nosso Sangue
Num determinado momento, há cerca de 100.000 anos, aqueles primeiros humanos modernos, que não foram expulsos de nenhum paraíso, encetaram, em busca de alimento e também pela aventura, a primeira migração fora de África (antepassados seus, não humanos modernos, já o teriam feito em épocas mais remotas).
Foram para a Europa e para a Ásia e milhares de anos depois cruzaram as estepes geladas do norte do planeta para povoar a América.
As investigações genéticas baseadas no ADN mitocondrial – presente em todas as células do nosso corpo e apenas herdadas das nossas mães – indicam que naquela primeira migração da humanidade só participou um dos 13 clãs humanos que povoaram originariamente o continente africano. Aquele único clã de aventureiros e aventureiras era constituído por um número muito pequeno de homens e de mulheres e alguns cientistas chamam-lhe o “Clã de Lara” e consideram que descendemos todos de uma única mulher que, poeticamente, baptizaram de “Lara”. Esta mulher negra é a verdadeira Eva da Humanidade.
Esta teoria, denominada de Eva Negra está explicada de uma maneira ampla e bela pelo geneticista britânico Bryan Sykes (Prof. de Genética da Universidade de Oxford e que publicou a sua 1ª pesquisa sobre ADN de restos arqueológicos no Jornal Nature em 1989) num livro que estuda as origens da humanidade intitulado: “As Sete Filhas de Eva” (Editorial Debate, 2001).
Temos África no Nosso Sangue
Como Bryan Sykes, outro geneticista de Oxford, Richard Dawkins fala assim do nosso berço africano:
- “Todos os fósseis dos anos de formação da nossa espécie provêm de África e as provas moleculares sugerem que os antepassados dos povos actuais permaneceram ali durante muito tempo, até às últimas centenas de milhar de anos aproximadamente.
Temos a África no nosso sangue, África tem os nossos ossos, todos somos africanos. Isto faz com que o ecossistema de África seja objecto de um singular fascínio. Trata-se da comunidade que nos moldou, a comunidade de animais e plantas na qual realizamos a nossa aprendizagem ecológica. Mas, mesmo que não fosse ele o nosso continente de origem, África cativar-nos-ia por ser o último grande refúgio de ecologias pleistocénicas (compreendidas ente 1.806.000 e 11.500 anos atrás, aproximadamente.)
Se quiserem dar uma “olhadela” no Jardim do Éden, esqueçam o Tigre e o Eufrates e o nascimento da agricultura… fazem melhor se visitarem o Kilimanjaro e o Vale do Rift… foi aí que fomos “desenhados” para prosperar.”
- “Todos os fósseis dos anos de formação da nossa espécie provêm de África e as provas moleculares sugerem que os antepassados dos povos actuais permaneceram ali durante muito tempo, até às últimas centenas de milhar de anos aproximadamente.
Temos a África no nosso sangue, África tem os nossos ossos, todos somos africanos. Isto faz com que o ecossistema de África seja objecto de um singular fascínio. Trata-se da comunidade que nos moldou, a comunidade de animais e plantas na qual realizamos a nossa aprendizagem ecológica. Mas, mesmo que não fosse ele o nosso continente de origem, África cativar-nos-ia por ser o último grande refúgio de ecologias pleistocénicas (compreendidas ente 1.806.000 e 11.500 anos atrás, aproximadamente.)
Se quiserem dar uma “olhadela” no Jardim do Éden, esqueçam o Tigre e o Eufrates e o nascimento da agricultura… fazem melhor se visitarem o Kilimanjaro e o Vale do Rift… foi aí que fomos “desenhados” para prosperar.”
Mais Perguntas Que Respostas
Reflectir de uma forma crítica e madura sobre as crenças e tradições religiosas aprendidas – como esta de Adão e Eva – leva a miúdo a mais perguntas. As Entrevistas com Jesus Cristo, as respostas que ele dá a Raquel, geram novas perguntas. É um caminho no qual se cresce e avança.
O grande pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire (1921-1997), confiava e propunha a pergunta como método de ensino. É necessário, dizia ele, desenvolver a pedagogia da pergunta porque praticamos a pedagogia da resposta em que os mestres respondem a perguntas que os alunos não fazem.
Muitas vezes, o chamado “magistério da Igreja”, os “mestres”, praticam, promovem e impõem a pedagogia da resposta a perguntas que no nosso tempo já não fazemos.
Reflectir de uma forma crítica e madura sobre as crenças e tradições religiosas aprendidas – como esta de Adão e Eva – leva a miúdo a mais perguntas. As Entrevistas com Jesus Cristo, as respostas que ele dá a Raquel, geram novas perguntas. É um caminho no qual se cresce e avança.
O grande pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire (1921-1997), confiava e propunha a pergunta como método de ensino. É necessário, dizia ele, desenvolver a pedagogia da pergunta porque praticamos a pedagogia da resposta em que os mestres respondem a perguntas que os alunos não fazem.
Muitas vezes, o chamado “magistério da Igreja”, os “mestres”, praticam, promovem e impõem a pedagogia da resposta a perguntas que no nosso tempo já não fazemos.
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