ENTREVISTAS FICCIONADAS COM JESUS
CRISTO (Nº 68)
SOB O TEMA: “PAGAR DÍZIMOS?”
Pregador – Abre a tua mão, irmão!... Não roubes a Deus!... Cumpre o mandamento e paga o dízimo, aleluia!
Raquel – A nossa Unidade Móvel está instalada às portas de um Templo pentecostal no bairro cristão de Jerusalém. Escuta, Jesus Cristo?
Jesus – Sim, Raquel, mas… que está o pregador a pedir?
Raquel – Que os fiéis paguem o dízimo, tal como o senhor ensinou, ou não é assim?
Jesus – Não, Raquel. Eu nunca falei em dízimos.
Raquel – O senhor não ordenou aos seus seguidores que dessem a décima parte dos seus rendimentos para manter a Igreja?
Jesus – Pelo contrário, eu critiquei os fariseus que até pagavam o dízimo mas esqueciam o mandamento da justiça e do amor.
Raquel – O senhor mesmo, não pagava o dízimo?
Jesus – E como iria pagá-lo se não o tinha?
Raquel – Se o senhor não estabeleceu essa norma aonde foram buscá-la tantas Igrejas cristãs? A Bíblia não falava de dízimos?
Jesus – Sim, era uma lei para ajudar os levitas que não tinham terras próprias mas, sobretudo, para ajudar as viúvas e os viajantes. O dízimo não era para enriquecer o Templo mas para distribuir por entre os pobres.
Raquel – Pois creio que alguns entenderam isso ao contrário… temos uma chamada em linha…
Raquel – Sim, alô?
Gary – Fala Gary Amirault, do Missouri, Estados Unidos,
Raquel – Muito bem… Diga, senhor Amiroult…
Gary – Estou ouvindo o vosso programa e pergunto se querem saber de onde veio esse costume de pagar à Igreja a décima parte do que se ganha?
Raquel – É isso mesmo que estamos a tentar aclarar.
Gary – Na Igreja primitiva não se falava de dízimos. Nas primeiras comunidades punha-se tudo em comum de maneira a que ninguém passasse necessidades.
Jesus – Pergunta-lhe então quando começou esse mau costume de cobrar o dízimo…
Raquel – Então, senhor Gary, quando começaram algumas Igrejas evangélicas a cobrar o dízimo?
Gary – Na realidade, não foram os Mormons ou os Adventistas que começaram. Foi muito antes, no Séc. VI, quando as hierarquias da Igreja Católica necessitavam de dinheiro, muito dinheiro, para os seus luxos. Então, recuperaram essa antiga lei de Moisés e a colaram a Jesus.
Jesus – Assim?
Gary – No ano 567, no Concílio de Tours, declararam o dízimo obrigatório e a excomunhão para aqueles que não o pagassem. Nalguns países, como a França, a Igreja Católica cobrou esse “imposto religioso” até há muito pouco tempo, à Revolução Francesa. Ficou claro para Jesus Cristo?
Jesus – O que ficou claro para mim é que esses foram mais desavergonhados do que os sacerdotes do meu tempo que tosquiavam as ovelhas em vez de cuidar delas.
Pastor – A ver, a ver, irmãos… Não sei quem são os senhores mas convido-os a acompanharem-nos no culto.
Jesus – Não, obrigado, porque não tenho uns cobres para pagar o dízimo.
Pastor – Não tem nada, nada, para oferecer a Deus?
Jesus – Deixe ver… Ah! sim, aqui tenho um par de moeditas…
Pastor – Pois se quiser pode oferecer essas moedas a Deus.
Jesus – Não, prefiro comprar uns doces àquelas crianças que estão vendendo na esquina… Vamo-nos daqui, Raquel.
Raquel – Vamos, sim, antes que nos repreendam.
Para Emissoras Latinas, Raquel Perez, Jerusalém.
Raquel – A nossa Unidade Móvel está instalada às portas de um Templo pentecostal no bairro cristão de Jerusalém. Escuta, Jesus Cristo?
Jesus – Sim, Raquel, mas… que está o pregador a pedir?
Raquel – Que os fiéis paguem o dízimo, tal como o senhor ensinou, ou não é assim?
Jesus – Não, Raquel. Eu nunca falei em dízimos.
Raquel – O senhor não ordenou aos seus seguidores que dessem a décima parte dos seus rendimentos para manter a Igreja?
Jesus – Pelo contrário, eu critiquei os fariseus que até pagavam o dízimo mas esqueciam o mandamento da justiça e do amor.
Raquel – O senhor mesmo, não pagava o dízimo?
Jesus – E como iria pagá-lo se não o tinha?
Raquel – Se o senhor não estabeleceu essa norma aonde foram buscá-la tantas Igrejas cristãs? A Bíblia não falava de dízimos?
Jesus – Sim, era uma lei para ajudar os levitas que não tinham terras próprias mas, sobretudo, para ajudar as viúvas e os viajantes. O dízimo não era para enriquecer o Templo mas para distribuir por entre os pobres.
Raquel – Pois creio que alguns entenderam isso ao contrário… temos uma chamada em linha…
Raquel – Sim, alô?
Gary – Fala Gary Amirault, do Missouri, Estados Unidos,
Raquel – Muito bem… Diga, senhor Amiroult…
Gary – Estou ouvindo o vosso programa e pergunto se querem saber de onde veio esse costume de pagar à Igreja a décima parte do que se ganha?
Raquel – É isso mesmo que estamos a tentar aclarar.
Gary – Na Igreja primitiva não se falava de dízimos. Nas primeiras comunidades punha-se tudo em comum de maneira a que ninguém passasse necessidades.
Jesus – Pergunta-lhe então quando começou esse mau costume de cobrar o dízimo…
Raquel – Então, senhor Gary, quando começaram algumas Igrejas evangélicas a cobrar o dízimo?
Gary – Na realidade, não foram os Mormons ou os Adventistas que começaram. Foi muito antes, no Séc. VI, quando as hierarquias da Igreja Católica necessitavam de dinheiro, muito dinheiro, para os seus luxos. Então, recuperaram essa antiga lei de Moisés e a colaram a Jesus.
Jesus – Assim?
Gary – No ano 567, no Concílio de Tours, declararam o dízimo obrigatório e a excomunhão para aqueles que não o pagassem. Nalguns países, como a França, a Igreja Católica cobrou esse “imposto religioso” até há muito pouco tempo, à Revolução Francesa. Ficou claro para Jesus Cristo?
Jesus – O que ficou claro para mim é que esses foram mais desavergonhados do que os sacerdotes do meu tempo que tosquiavam as ovelhas em vez de cuidar delas.
Pastor – A ver, a ver, irmãos… Não sei quem são os senhores mas convido-os a acompanharem-nos no culto.
Jesus – Não, obrigado, porque não tenho uns cobres para pagar o dízimo.
Pastor – Não tem nada, nada, para oferecer a Deus?
Jesus – Deixe ver… Ah! sim, aqui tenho um par de moeditas…
Pastor – Pois se quiser pode oferecer essas moedas a Deus.
Jesus – Não, prefiro comprar uns doces àquelas crianças que estão vendendo na esquina… Vamo-nos daqui, Raquel.
Raquel – Vamos, sim, antes que nos repreendam.
Para Emissoras Latinas, Raquel Perez, Jerusalém.
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