segunda-feira, outubro 25, 2010


Informações Adicionais à Entrevista Nº 67 sob o Tema:
Locais Sagrados (1)


Espaços Sagrados

Existem duas espécies de locais sagrados: os que nos são oferecidos pela natureza: uma montanha, um rio, uma gruta e os que são construídos pelas comunidades humanas.

Um templo é um edifício considerado “sagrado” por uma religião. Sagrado porque é especial, “separado”, “consagrado”. Sagrado porque lá está Deus, porque aí as pessoas se podem vincular a Deus formulando promessas, fazendo sacrifícios ou praticando outros ritos. Sagrado porque é aí que os sacerdotes (pessoas “sagradas”) actuam.

As religiões do mundo antigo tiveram templos: Egipto, Grécia, Roma… Na Galileia, onde Jesus viveu toda a sua vida, o que ele conheceu foram sinagogas, espaços que também se consideravam “sagrados” ainda que não tanto como o grande templo do judaísmo, o Templo de Jerusalém.


As Sinagogas

Uns 500 anos antes de Jesus Cristo, quando foi destruído o Templo de Jerusalém – a sua construção atribui-se ao rei Salomão – o povo de Israel foi deportado para a Babilónia, os judeus começaram a construir nos povoados e aldeias as sinagogas, casas de oração onde se reuniam para rezar e ler as Escrituras. Nas sinagogas não se ofereciam sacrifícios.

Nos tempos de Jesus, ainda que já houvesse o novo Templo em Jerusalém, existiam muitas sinagogas por todo o país. Na sinagoga, reuniam-se aos sábados todo o povo para assistir à oração e escutar o rabino ou qualquer outro cidadão (varão) que quisesse fazer comentários ao texto das Escrituras que tinha sido lido. Jesus aparece muitas vezes como interveniente nestes comentários quer na sinagoga de Nazaret ou de Cafarnaum.

A sinagoga não é precisamente o correspondente no judaísmo às igrejas no cristianismo. Era um lugar mais familiar, mais popular e mais laico, em que se podia falar livremente sem que fosse necessário a presença de um ministro “sagrado”.

A sinagoga era presidida por um rabino que era um mestre catequista e
não um sacerdote.

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