INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 71 SOBRE O TEMA:
“QUEM FUNDOU A IGREJA (1)
O Reino de Deus, Não uma Igreja.
Jesus não fundou nenhuma igreja, nem sequer utilizou alguma vez a palavra “iglésisa” (do grego “ekklesia” que significa “assembleia”). Não foi sua intenção organizar nenhuma instituição ou igreja. Liderar um Movimento colectivo de homens e mulheres que proclamavam a chegada do reino de Deus: um mundo de relações justas e equitativas, onde os pobres deixassem de ser pobres, um mundo de comunidades que incluíam as mulheres e cuidavam dos enfermos.
Anos depois da morte de Jesus, foi Paulo quem transformou o Movimento liderado por Jesus – um Movimento rural e judeu – numa religião urbana com capacidade para converter-se em universal e atrair povos muito distintos do povo de Jesus da Nazaré. Por isso, pode afirmar-se que quem proporcionou a “fundação” da igreja foi Paulo, ao organizar o Movimento de Jesus com características doutrinais e práticas que permitiram atrair os “gentios” que habitavam o vasto império Romano.
Comunidades “Cristãs”, “Igreja Católica”
Anos depois da morte de Jesus, foi Paulo quem transformou o Movimento liderado por Jesus – um Movimento rural e judeu – numa religião urbana com capacidade para converter-se em universal e atrair povos muito distintos do povo de Jesus da Nazaré. Por isso, pode afirmar-se que quem proporcionou a “fundação” da igreja foi Paulo, ao organizar o Movimento de Jesus com características doutrinais e práticas que permitiram atrair os “gentios” que habitavam o vasto império Romano.
Comunidades “Cristãs”, “Igreja Católica”
Nos primeiros tempos, as pequenas comunidades inspiradas no Movimento liderado por Jesus chamavam-se a si mesmas “Os do Caminho”. Só depois, na igreja de Antioquia, hoje Síria, se começaram a chamar “cristãos”. No princípio do Sec. II, também na Antioquia, estabeleceram-se os três graus da hierarquia dentro das comunidades: bispos, presbíteros (sacerdotes) e diáconos.
Quando o cristianismo se converteu em religião oficial do império Romano (Séc. IV) a palavra igreja começou a empregar-se tanto para designar a comunidade dos seguidores de Jesus como os locais onde se reuniam.
É também por este tempo que se oficializa o latim como língua oficial da liturgia, da teologia e das nascentes leis da Igreja. Até então era o grego que predominava nos ritos cristãos, Aida que, as comunidades de Jerusalém e da Galileia falassem em aramaico, a mesma língua que falou Jesus. O predomínio do latim foi uma das três ferramentas que contribuiu para que a igreja de Roma se impusesse às demais igrejas.
A expressão “Igreja Católica” foi empregue pela primeira vez por Ignácio, bispo de Antioquia, no Séc. I, mas não a usou para lhe dar primazia a alguma das igrejas e muito menos à de Roma. Empregou-a dando-lhe um significado “a totalidade da igreja” referindo-se a todas as comunidades que já existiam e à unidade de todas elas.
Quando o cristianismo se converteu em religião oficial do império Romano (Séc. IV) a palavra igreja começou a empregar-se tanto para designar a comunidade dos seguidores de Jesus como os locais onde se reuniam.
É também por este tempo que se oficializa o latim como língua oficial da liturgia, da teologia e das nascentes leis da Igreja. Até então era o grego que predominava nos ritos cristãos, Aida que, as comunidades de Jerusalém e da Galileia falassem em aramaico, a mesma língua que falou Jesus. O predomínio do latim foi uma das três ferramentas que contribuiu para que a igreja de Roma se impusesse às demais igrejas.
A expressão “Igreja Católica” foi empregue pela primeira vez por Ignácio, bispo de Antioquia, no Séc. I, mas não a usou para lhe dar primazia a alguma das igrejas e muito menos à de Roma. Empregou-a dando-lhe um significado “a totalidade da igreja” referindo-se a todas as comunidades que já existiam e à unidade de todas elas.
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