INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 76 SOB O TEMA:
“EVANGELIZAÇÃO DA AMÉRICA” (3)
“EVANGELIZAÇÃO DA AMÉRICA” (3)
“Bárbaros, Incapazes, Inferiores”
Todo o dominador despreza sempre o dominado e para justificar o seu domínio tira-lhe valor, desumaniza-o. Isso mesmo sucedeu também quando a América foi conquistada pelos europeus. Os conquistadores espanhóis validados por pensadores importantes de Espanha, sustentaram durante as primeiras décadas do Séc. XVI que os “índios” – assim foram chamados os habitantes do continente recém-descoberto – careciam de alma e nem sequer pertenciam à espécie humana. Por esta condição bestial podiam ser despojados da sua liberdade e das suas terras.
O afamado jurista e teólogo espanhol frei Francisco de Vitória, ainda que reconhecendo-lhes alma, alegava que não tinham inteligência e com isso justificava que fossem dominados e tutelados:
- “Esses bárbaros, ainda que, como disse, não sejam de todo incapazes, distam, no entanto, tão pouco dos atrasados mentais que parecem não ser idóneos para constituir e administrar um república legítima dentro dos limites humanos e políticos. Pelo que, não têm leis adequadas, nem magistrados, nem sequer são suficientemente capazes de governar a família.
Carecem de ciências e artes, não só liberais mas também mecânicas e de uma agricultura diligente, de artesanatos e de muitas outras comodidades que são necessárias para a vida humana.”
Outro frade e teólogo desse tempo, frei Ginés de Sepúlveda, defendia a “guerra justa" contra os índios por serem idólatras e pecadores e, considerando-os seres inferiores, defendia a obrigação dos espanhóis em tutelá-los.
Todo o dominador despreza sempre o dominado e para justificar o seu domínio tira-lhe valor, desumaniza-o. Isso mesmo sucedeu também quando a América foi conquistada pelos europeus. Os conquistadores espanhóis validados por pensadores importantes de Espanha, sustentaram durante as primeiras décadas do Séc. XVI que os “índios” – assim foram chamados os habitantes do continente recém-descoberto – careciam de alma e nem sequer pertenciam à espécie humana. Por esta condição bestial podiam ser despojados da sua liberdade e das suas terras.
O afamado jurista e teólogo espanhol frei Francisco de Vitória, ainda que reconhecendo-lhes alma, alegava que não tinham inteligência e com isso justificava que fossem dominados e tutelados:
- “Esses bárbaros, ainda que, como disse, não sejam de todo incapazes, distam, no entanto, tão pouco dos atrasados mentais que parecem não ser idóneos para constituir e administrar um república legítima dentro dos limites humanos e políticos. Pelo que, não têm leis adequadas, nem magistrados, nem sequer são suficientemente capazes de governar a família.
Carecem de ciências e artes, não só liberais mas também mecânicas e de uma agricultura diligente, de artesanatos e de muitas outras comodidades que são necessárias para a vida humana.”
Outro frade e teólogo desse tempo, frei Ginés de Sepúlveda, defendia a “guerra justa" contra os índios por serem idólatras e pecadores e, considerando-os seres inferiores, defendia a obrigação dos espanhóis em tutelá-los.
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