terça-feira, fevereiro 15, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 82 SOB O TEMA:


“JUDAS TRAIDOR?" (1)


Um Texto Perdido e Achado



Na sua obra "Adversus Haereses" (Contra as Heresias), escrito por volta do ano 180, Irineu de Lyon, padre, bispo e santo, menciona a existência do Evangelho de Judas, quando ao falar a um grupo de gnósticos, chamados cainitas, o utilizou como referência. Irineu rejeitava Judas porque ele, então, já era visto como um maldito e no texto era elogiado. Irineu diz:

" E eles dizem que Judas, o traidor, conhecia estas coisas e só por ter conhecido antes dos outros a verdade, consumou o mistério da traição. Por ele é dito também, que foram dissolvidas todas as coisas celestes e terrestres e apresenta uma ficção deste género, dando-lhe o nome de Evangelho de Judas.
Até meados dos anos 70 do século XX este evangelho gnóstico foi dado como desaparecido, até que foi descoberto casualmente numa caverna no Egipto. É mais um dos textos gnósticos do século II, à semelhança da maioria dos "evangelhos apócrifos" encontrado em Nag Hammadi, em 1945.


O texto tem cerca de 250 linhas aproximadamente da largura de uma página e aparece num manuscrito de 66 páginas, um terço delas ilegíveis, e contém outras três obras gnósticas: o Primeiro Apocalipse de Tiago, a Epístola a Filipe, atribuída a São Pedro e um fragmento intitulado provisoriamente, Livro de Halógenes.
O Evangelho de Judas apareceu num manuscrito em copta, supostamente traduzido de um original grego. Por vários métodos, incluindo Carbono14, foi possível datá-lo como um manuscrito de entre 220 e 340. Depois de passar de museu para museu e de mãos para mãos, foi parar à National Geographic Society que publicou o seu conteúdo, em 2006, depois de o restaurar e traduzir.

Textos Gnósticos ou Apócrifos - Considerados pela Igreja oficial de Roma meras fantasias, inventadas por cristãos ou judeus piedosos.
Textos Canónicos - Considerados pela Igreja oficial de Roma como sendo os verdadeiros, os inspirados.

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