TEREZA
BATISTA
CANSADA
DE
GUERRA
Episódio Nº 67
Não assume a responsabilidade, não é? Quis me tapear mais uma vez, não foi? Porque da última vez não lhe dei o merecido, não acabei com o seu ninho de ratos, pensa que sou idiota; mas não perde por esperar. Puxe daqui para fora.
- Me pague pelo menos o dinheiro que gastei.
Deu-lhe as costas o capitão e, ali mesmo, nas fuças da sogra, interrogou a rapariga:
- Tu ainda é moça?
Não minta que é pior.
- Mais não, senhor…
Voltou-se Justiniano, agarrou Gabi pelo braço e a sacudiu:
- Fora daqui antes que eu lhe parta a cara…
- Calma capitão, o que é isso? – interveio dona Brígida ainda sem entender o motivo do riso e da exaltação do genro – Calma!
- Não se meta onde não é chamada. Fique em seu canto e se dê por feliz.
Outra vez os frouxos de riso o tomaram ao ouvir a sogra em defesa da casteleira:
- Deixe essa boa alma em paz…
Era de morrer de rir!
- Sabe quem é essa boa alma?
-Não sabe?
Pois vai saber agora mesmo. Nunca ouviu falar em Gabi-Mula-de-Padre, que foi amásia do padre Felício e com a morte dele botou pensão de raparigas? Com o dinheiro das missas…
– A barriga doía, todo tomado pelo riso, da boca às tripas – Essa é boa… -
Ai, meu Deus!
Trotando, Gabi-Mula-de-Padre ganhou a estrada, o rabo entre as pernas. A mocinha quis acompanhá-la, o capitão impediu.
- Você fica – Media-lhe o corpo com o olhar conhecedor, valia a pena: -
Quanto tempo faz?
- Um mês, sim senhor.
- Só um mês? Não minta.
- Só sim, senhor.
- Quem foi?
- Doutor Emiliano, da usina.
Devia ter rebentado o focinho da cafetina suja e ladrona, a lhe tentar vender carniça dos Guedes. Concorrentes fortes, os ricaços, sobretudo Emiliano Guedes. Da usina só vinham furadas, daquela terra o capitão não conseguira até hoje argola para o seu colar.
Cadé sua trouxa?
- Tenho nada não, senhor.
- Vá lá para dentro…
Dona Brígida fitou o genro, quis dizer alguma coisa, pronunciar uma palavra terrível de condenação mas novamente o capitão rebolava-se a rir, “alma boa, ai, alma boa”, o dedo apontado para a sogra.
Dona Brígida saiu num repelão, entrou mata adentro pelas portas do Inferno.
Deu-lhe as costas o capitão e, ali mesmo, nas fuças da sogra, interrogou a rapariga:
- Tu ainda é moça?
Não minta que é pior.
- Mais não, senhor…
Voltou-se Justiniano, agarrou Gabi pelo braço e a sacudiu:
- Fora daqui antes que eu lhe parta a cara…
- Calma capitão, o que é isso? – interveio dona Brígida ainda sem entender o motivo do riso e da exaltação do genro – Calma!
- Não se meta onde não é chamada. Fique em seu canto e se dê por feliz.
Outra vez os frouxos de riso o tomaram ao ouvir a sogra em defesa da casteleira:
- Deixe essa boa alma em paz…
Era de morrer de rir!
- Sabe quem é essa boa alma?
-Não sabe?
Pois vai saber agora mesmo. Nunca ouviu falar em Gabi-Mula-de-Padre, que foi amásia do padre Felício e com a morte dele botou pensão de raparigas? Com o dinheiro das missas…
– A barriga doía, todo tomado pelo riso, da boca às tripas – Essa é boa… -
Ai, meu Deus!
Trotando, Gabi-Mula-de-Padre ganhou a estrada, o rabo entre as pernas. A mocinha quis acompanhá-la, o capitão impediu.
- Você fica – Media-lhe o corpo com o olhar conhecedor, valia a pena: -
Quanto tempo faz?
- Um mês, sim senhor.
- Só um mês? Não minta.
- Só sim, senhor.
- Quem foi?
- Doutor Emiliano, da usina.
Devia ter rebentado o focinho da cafetina suja e ladrona, a lhe tentar vender carniça dos Guedes. Concorrentes fortes, os ricaços, sobretudo Emiliano Guedes. Da usina só vinham furadas, daquela terra o capitão não conseguira até hoje argola para o seu colar.
Cadé sua trouxa?
- Tenho nada não, senhor.
- Vá lá para dentro…
Dona Brígida fitou o genro, quis dizer alguma coisa, pronunciar uma palavra terrível de condenação mas novamente o capitão rebolava-se a rir, “alma boa, ai, alma boa”, o dedo apontado para a sogra.
Dona Brígida saiu num repelão, entrou mata adentro pelas portas do Inferno.
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