sexta-feira, abril 01, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

À ENTREVISTA Nº 88 SOB O TEMA:


“O FIM DO MUNDO” (3)




Uma Ética Para Que o Mundo Não Se Acabe


No programa, Jesus mostra-se assustado. E não só: ligando todas as imagens do Apocalipse procura assustar na esperança de que o medo faça surgir uma ética. Coincide com a obra de um compatriota seu, o judeu alemão Hans Jonas, agora o centro do debate ambiental, o livro de Jonas "O Imperativo da Responsabilidade: Ensaio de uma ética para a civilização tecnológica" (Editorial Herder, 1975) que é uma referência indispensável.



A reflexão de Jonas sobre a responsabilidade parte do facto de que os seres humanos são os únicos responsáveis. Sua reflexão é alimentada pela tragédia do Holocausto. A sua Conferência “O Deus depois de Auschwitz" é talvez a principal reflexão judaica teológica sobre o fenómeno de Hitler.



O que diz Hans Jonas? Nós servimo-nos do resumo que faz do seu pensamento o filósofo catalão Ramon Alcoberro:



- A ciência e a tecnologia mudaram profundamente a relação entre o homem e o mundo. Para os antigos, o potencial humano era limitado e o do mundo, em transformação, era infinito. Jonas cita o exemplo dos gregos enclave da cidade, uma sociedade civilizada rodeada por um ambiente ameaçador, de florestas e selvas. Ele observa que hoje a situação é inversa e a natureza está preservada em parques nacionais, rodeado pela civilização e tecnologia. Hoje, a natureza é frágil e está ameaçada. Os seres humanos têm o dever moral de a proteger e esse dever aumenta na medida em que o que é fácil é destruir a vida.



Segundo Jonas, o imperativo ético do nosso tempo é: "Age de tal maneira que os efeitos de tua acção sejam compatíveis com a permanência da vida humana autêntica na Terra."



Fazer hoje bem é fazê-lo de acordo com as condições da tecnologia. O imperativo tecnlógico higbom meio fazendo hoje em termos de tecnologia. O imperativo tecnológico significa, portanto, uma abordagem que não pode ser "domínio", mas ainda não pode ser de uma "comunidade", porque a comunidade internacional ainda é uma miragem.

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