quinta-feira, abril 07, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

À ENTREVISTA Nº 89 SOB O TEMA:
“BÍBLIA E ECOLOGIA” (1)
O Livro do Universo
A Bíblia não é um livro de história. Muito menos é um livro de ciência, um livro que relate o início do universo, como argumentam com fanatismo, ignorância e arrogância, os criacionistas.
O geneticista Richard Dawkins faz esta analogia: Se a história do Universo fosse escrita à razão de um século por página, que espessura teria o livro? Do ponto de vista de um criacionista, toda a história do universo, nessa escala, caberia confortavelmente num livro de bolso. E a resposta científica para a mesma pergunta? Para acomodar todos os volumes desta história, na mesma escala, exigiria uma prateleira de 16 milhas de comprimento. Isto mostra a magnitude da diferença entre a verdadeira ciência e o ensino do criacionismo.

Não há Vestígios na Bíblia
A Bíblia não é um livro que sirva para nos inspirar a construção de uma consciência ambiental. Não há vestígio nos livros da Bíblia de sensibilidade ambiental. Às vezes, citam o Salmo 104 como prova da "consciência ambiental" no Velho Testamento. Nem mesmo este: ele é apenas um corpo estranho caído nas páginas da Bíblia, é uma adaptação do "Hino ao Sol" do faraó egípcio Akhenaton.
Na criação histórica que começa com a Bíblia, Deus ordena aos seres humanos "crescei e multiplicai" e "dominai" a terra, mandatos anti-ecológicos que podemos questionar hoje, sabendo, como sabemos, que a população humana é excessiva, mais de seis biliões de indivíduos, e a ideologia de dominação sobre outras espécies vivas e recursos naturais está dando cabo da vida no planeta e a provocar o colapso da civilização que construímos sob estas "ordens divinas". Ordens de Javé, o Deus de Israel, o Deus da Bíblia, a contradição personificada na divinização respeitosa e admirada da natureza, presente em todas as religiões da Grande Deusa-Mãe.

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