INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 89 SOB O TEMA:
“A BÍBLIA E A ECOLOGIA”(5) Einstein: Um Crente Não-Religioso O grande cientista Albert Einstein foi definido como "um descrente profundamente religioso" um admirador permanente e humilde da "magnífica estrutura da Natureza" dizia ele próprio no seu livro "Minha visão do mundo": O mistério é a coisa mais bonita que podemos sentir. A sensação fundamental, o berço da arte e da ciência. Esta experiência do “misterioso” ainda que misturada de medo também gerou a religião. Mas a verdadeira religiosidade é a de saber dessa “Existência” impenetrável para nós, saber que há manifestações da “Razão” mais profunda e da “Beleza” mais resplandecente... E neste sentido, eu estou aí, pertenço aos homens profundamente religiosos... A mim basta-me o mistério da eternidade da Vida, com o pressentimento e a consciência da construção prodigiosa do existente, com a honesta aspiração a compreender a obra da Natureza. Einstein queria retirar à tradição judaico-cristã o seu carácter antropomorfo. Para ele não se tratava de um Deus semelhante, mas sim da humanidade. Einstein interessava-se não pelos dogmas na sua forma transcendente, mas sim na sua repercussão na sociedade. "Reis da Criação? Em alguns mitos do antigo Egipto é-nos contado que os animais, no Julgamento Final, nos pedem contas daquilo que fizemos com eles, do bom ou mau trato que lhes demos. O cristianismo, tal como o judaísmo, não conseguiu desenvolver uma ética capaz de limitar as pretensões dos seres humanos de dominar os outros seres vivos. Separou o ser humano da natureza, fez do homem um apátrida no meio da natureza que é sua mãe.
A ideia, tão difundida, de que somos "a espécie eleita”, os "reis da criação"separou-nos dos animais e plantas, dos outros seres vivos, outorgando-nos o direito de dominá-los, utilizá-los em nosso benefício sem reflectir sobre o interesse deles. E só quando esse domínio e exploração começam hoje a doer-nos é que reflectimos sobre o erro que foi a nossa posição de "reis" e "rainhas". E não fosse o desastre ambiental que causámos com o nosso “reinado” e o prejuízo que isso nos trás, e continuaríamos a esgotar os recursos naturais e eliminar as espécies vegetais e animais sem nenhum respeito ou compaixão por eles.
A ideia, tão difundida, de que somos "a espécie eleita”, os "reis da criação"separou-nos dos animais e plantas, dos outros seres vivos, outorgando-nos o direito de dominá-los, utilizá-los em nosso benefício sem reflectir sobre o interesse deles. E só quando esse domínio e exploração começam hoje a doer-nos é que reflectimos sobre o erro que foi a nossa posição de "reis" e "rainhas". E não fosse o desastre ambiental que causámos com o nosso “reinado” e o prejuízo que isso nos trás, e continuaríamos a esgotar os recursos naturais e eliminar as espécies vegetais e animais sem nenhum respeito ou compaixão por eles.
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