Day After
Prontos, como dizia Raul Solnado imitando certos “puristas" da língua portuguesa, está feita a clarificação política que alguma vez tinha que acontecer no nosso país: “uma maioria, um governo, um presidente”, tudo de direita.
Sócrates, “o malvado”, foi-se embora com um discurso de despedida que devia ter feito corar muita gente…
O enorme desafio está lançado a um homem que vem da escola do partido criado por Sá Carneiro. Percebe-se a sua vontade de mandar, há muitos anos que manifestou e lutou para concretizar essa ambição e o país e as circunstâncias fizeram-lhe a vontade.
Como aliado, tem o muito experiente e sabido Paulo Portas cujas expectativas foram travadas pelo voto útil num resultado eleitoral em que, pelo menos uma vez, as sondagens o trataram demasiado bem para que não mais se volte a queixar delas.
Têm tudo a seu favor: uma ampla maioria e um Presidente de feição e, quem sabe, um futuro líder do PS que lhe dê uma ajudinha para mais altos voos ao nível da Constituição.
Só uma coisa não tem a seu favor: a situação do país atravessado nos compromissos assumidos com o FMI e as instituições europeias.
Amo o meu país pelo qual lutei estupidamente há 50 anos nas matas de Angola. Éramos umas “crianças” e não percebíamos que estávamos a servir uma política de expedientes em vez de criarmos cá dentro das nossas fronteiras as condições para um desenvolvimento com base no trabalho, no estudo, na disciplina e no rigor.
Preferimos a aventura, como sempre a aventura… desta vez com maus resultados: setecentos mil portugueses recambiados, traumatizados, ofendidos, como agora, também sem querem acreditar no que lhes acontecia.
A verdadeira guerra estava cá dentro, sempre esteve cá dentro e agora o “comandante” é Passos Coelho” e o seu lugar-tenente Paulo Portas.
O país aguarda, apreensivo, como os soldados na trincheira ou atrás de uma árvore nas florestas do norte de Angola. Desta vez o inimigo é a sério, de peso, encostou-nos às cordas e aquilo que se nos pede é um cerrar de dentes, o maior desafio, o verdadeiro desafio.
Retiraram-nos a confiança, erros nossos, maldades do mundo, tudo se juntou, estamos sós com os nossos diabos e os nossos anjos. Não me interessa quem me comanda, só me interessa vencer.
Prontos, como dizia Raul Solnado imitando certos “puristas" da língua portuguesa, está feita a clarificação política que alguma vez tinha que acontecer no nosso país: “uma maioria, um governo, um presidente”, tudo de direita.
Sócrates, “o malvado”, foi-se embora com um discurso de despedida que devia ter feito corar muita gente…
O enorme desafio está lançado a um homem que vem da escola do partido criado por Sá Carneiro. Percebe-se a sua vontade de mandar, há muitos anos que manifestou e lutou para concretizar essa ambição e o país e as circunstâncias fizeram-lhe a vontade.
Como aliado, tem o muito experiente e sabido Paulo Portas cujas expectativas foram travadas pelo voto útil num resultado eleitoral em que, pelo menos uma vez, as sondagens o trataram demasiado bem para que não mais se volte a queixar delas.
Têm tudo a seu favor: uma ampla maioria e um Presidente de feição e, quem sabe, um futuro líder do PS que lhe dê uma ajudinha para mais altos voos ao nível da Constituição.
Só uma coisa não tem a seu favor: a situação do país atravessado nos compromissos assumidos com o FMI e as instituições europeias.
Amo o meu país pelo qual lutei estupidamente há 50 anos nas matas de Angola. Éramos umas “crianças” e não percebíamos que estávamos a servir uma política de expedientes em vez de criarmos cá dentro das nossas fronteiras as condições para um desenvolvimento com base no trabalho, no estudo, na disciplina e no rigor.
Preferimos a aventura, como sempre a aventura… desta vez com maus resultados: setecentos mil portugueses recambiados, traumatizados, ofendidos, como agora, também sem querem acreditar no que lhes acontecia.
A verdadeira guerra estava cá dentro, sempre esteve cá dentro e agora o “comandante” é Passos Coelho” e o seu lugar-tenente Paulo Portas.
O país aguarda, apreensivo, como os soldados na trincheira ou atrás de uma árvore nas florestas do norte de Angola. Desta vez o inimigo é a sério, de peso, encostou-nos às cordas e aquilo que se nos pede é um cerrar de dentes, o maior desafio, o verdadeiro desafio.
Retiraram-nos a confiança, erros nossos, maldades do mundo, tudo se juntou, estamos sós com os nossos diabos e os nossos anjos. Não me interessa quem me comanda, só me interessa vencer.
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