HOJE É
DOMINGO
Do meu Café, na minha cidade, em mais este Domingo, vou passando, como é meu indestrutível hábito, o olhar pelo jornal. Esta semana, chocou-me a insistência com que a comunicação social, imprensa e televisão, nos “bombardearam” com os rendimentos e patrimónios das pessoas que nos governam: o que têm, o que ganham, o que declaram, as marcas dos carros em que se deslocam…ficámos por saber os alfaiates onde mandam confeccionar os seus fatos e aqueles que, definitivamente, aderiram ao pronto-a-vestir.
O deleite que a notícia causa nas pessoas, não sei quantas sejam mas devem ser muitas para insistentemente se encherem páginas de jornais e até de revistas conceituadas com “aquilo” deixa-me envergonhado. Que há curiosidade mórbida, mixuruca, fofocas de comadres, todos nós sabemos, mas… é preciso alimentá-la desta forma a pretexto da “transparência” tão querida a este governo?
Eu gosto de pensar na honestidade das pessoas, especialmente destas e pretendo continuar assim, com a garantia de que o estado tem mecanismos que zelam pela seriedade da “coisa” pública. Não se faça destas coisas casos de voyarismo explorando uma curiosidade doentia que leva alguns a espreitarem pelo buraco da fechadura da vizinha.
Dizia a minha avó que “com papas e bolos se enganam os tolos” e a propaganda e uso desta transparência que serve de suporte às notícias fizeram-me recuar aos ditados antigos…
Mas preocupante, preocupante mesmo, é o facto de alguns multi-milionários nos E.U.A e na Europa, dezasseis personalidades do mundo empresarial francês, quererem pagar mais impostos dado que se sentem demasiado bem tratados pela política fiscal dos seus países.
Warren Buffet, um dos dois ou três homens mais ricos do mundo, uma espécie de Midas que onde toca faz ouro, pediu ao Governo de Obama: “deixem de mimar os super-ricos”.
Se alguém tivesse dúvidas de que a situação é grave depois disto deve ficar esclarecido. Estes homens, a maior parte deles, chegou onde chegou e tem o que tem, por andarem sempre um “passo” à frente de todos os outros. Lembro-me do “rei” dos cafés, em Portugal, o Sr. Rui Nabeiro, que explicava o seu sucesso da seguinte maneira: - “Sabe… é que quando os outros (os concorrentes) iam para lá já eu vinha para cá!”
Ora bem, eu desconfio que ao dizer o que diz, o Sr. Warren está exactamente a dar um passo à frente dos outros… sem uma classe de trabalhadores por conta de outrem minimamente “saudável” como vão poder os super ricos encarar o futuro... para não referir já fenómenos graves de generalizada instabilidade ou rutura social?
Esta sociedade tem-se revelado para estas pessoas a galinha dos ovos de ouro e de bom grado esta situação se presta a considerações especulativas de todo o género sobre transacções financeiras, lucros, impostos, o que é legítimo ou ilegítimo mas, diga-se o que se disser, as desigualdades a que chegámos são escandalosas, do ponto de vista ético e social.
Que sejam exactamente os poucos (alguns...) que estão na outra ponta da desigualdade a chamar a atenção para o facto diz bem sobre duas coisas:
O deleite que a notícia causa nas pessoas, não sei quantas sejam mas devem ser muitas para insistentemente se encherem páginas de jornais e até de revistas conceituadas com “aquilo” deixa-me envergonhado. Que há curiosidade mórbida, mixuruca, fofocas de comadres, todos nós sabemos, mas… é preciso alimentá-la desta forma a pretexto da “transparência” tão querida a este governo?
Eu gosto de pensar na honestidade das pessoas, especialmente destas e pretendo continuar assim, com a garantia de que o estado tem mecanismos que zelam pela seriedade da “coisa” pública. Não se faça destas coisas casos de voyarismo explorando uma curiosidade doentia que leva alguns a espreitarem pelo buraco da fechadura da vizinha.
Dizia a minha avó que “com papas e bolos se enganam os tolos” e a propaganda e uso desta transparência que serve de suporte às notícias fizeram-me recuar aos ditados antigos…
Mas preocupante, preocupante mesmo, é o facto de alguns multi-milionários nos E.U.A e na Europa, dezasseis personalidades do mundo empresarial francês, quererem pagar mais impostos dado que se sentem demasiado bem tratados pela política fiscal dos seus países.
Warren Buffet, um dos dois ou três homens mais ricos do mundo, uma espécie de Midas que onde toca faz ouro, pediu ao Governo de Obama: “deixem de mimar os super-ricos”.
Se alguém tivesse dúvidas de que a situação é grave depois disto deve ficar esclarecido. Estes homens, a maior parte deles, chegou onde chegou e tem o que tem, por andarem sempre um “passo” à frente de todos os outros. Lembro-me do “rei” dos cafés, em Portugal, o Sr. Rui Nabeiro, que explicava o seu sucesso da seguinte maneira: - “Sabe… é que quando os outros (os concorrentes) iam para lá já eu vinha para cá!”
Ora bem, eu desconfio que ao dizer o que diz, o Sr. Warren está exactamente a dar um passo à frente dos outros… sem uma classe de trabalhadores por conta de outrem minimamente “saudável” como vão poder os super ricos encarar o futuro... para não referir já fenómenos graves de generalizada instabilidade ou rutura social?
Esta sociedade tem-se revelado para estas pessoas a galinha dos ovos de ouro e de bom grado esta situação se presta a considerações especulativas de todo o género sobre transacções financeiras, lucros, impostos, o que é legítimo ou ilegítimo mas, diga-se o que se disser, as desigualdades a que chegámos são escandalosas, do ponto de vista ético e social.
Que sejam exactamente os poucos (alguns...) que estão na outra ponta da desigualdade a chamar a atenção para o facto diz bem sobre duas coisas:
- 1º - Todos os governos têm medo dos ricos;
- 2º - Os ricos têm medo que o “edifício”caia.
Mas, por favor, não falem em distribuir os “sacrifícios” pelos ricos porque desde quando diminuir o tamanho do iate ou a cilindrada do automóvel é sacrifício? Arranjem outra palavra…
E assim vamos vivendo… já não nos chegavam as preocupações com os pobres e remediados, temos agora as dos muito ricos.
Um Bom Domingo para todos.
Mas, por favor, não falem em distribuir os “sacrifícios” pelos ricos porque desde quando diminuir o tamanho do iate ou a cilindrada do automóvel é sacrifício? Arranjem outra palavra…
E assim vamos vivendo… já não nos chegavam as preocupações com os pobres e remediados, temos agora as dos muito ricos.
Um Bom Domingo para todos.
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