domingo, setembro 25, 2011

HOJE É
DOMINGO

(Da Minha cidade de Santarém)

Da mesa do meu café, neste Domingo soalheiro, recordo que ficámos da semana passada com um assunto pendente relativo ao vulcão Toba, o tal que explodiu há 75 mil anos quando, entretanto, os nossos antepassados já tinham saído do continente africano para colonizarem o planeta.

Esse cataclismo quase que dizimou o Homo Sapiens tendo sobrevivido apenas um número crítico de pessoas, umas duas mil, das quais, comprovadamente, pelos registos das mutações na análise do ADN mitocondrial, todos nós descendemos… os sete mil milhões que vamos ser dentro de uma ou duas semanas. Por isso se explica tão pouca diversidade de ADN na humanidade fazendo de todos nós primas e primos.

Há pesquisas que indicam que o número de mulheres chegou a ser apenas de umas quinhentas e durante séculos qualquer uma dessas gerações poderia ter sido a última. Terão sido necessários vinte mil anos para que a população recuperasse para os números anteriores à explosão do vulcão.

A nossa sobrevivência, como de qualquer outra espécie, resulta de um processo de mudanças permanentes, sem destino, hora marcada ou futuro assegurado, com a diferença que nós temos capacidade para influenciar esse destino, fazendo guerras, revoluções e crimes ambientais.

Por outro lado, estamos sujeitos a ocorrências naturais porque vivemos num planeta que está “vivo” e num universo surpreendente que vamos agora perscrutando mas que já sabemos explode de vida.

A erupção durou duas semanas e alguns dos nossos antepassados morreram imediatamente vítimas dela. No entanto, as piores consequências resultaram da queda das temperaturas entre cinco a doze graus o que, para além de outros seres vivos, animais e plantas, eliminaram também outros “primos” nossos que anteriormente já tinham saído de África e andavam por aí…

Dizem os cientistas que pesquisaram a fundo este assunto que a nossa sobrevivência se ficou a dever ao facto de existirem então três zonas tropicais de elevados índices pluviométricos cujo solo conseguiu sustentar maior número de pessoas, sendo certo que todas essas áreas estavam em África.

Lá se encontraram registos evidentes de expansão humana imediatamente posteriores ao cataclismo, ferramentas e gravuras, que não foram vistos em nenhum outro lugar e provenientes dessa data.

Assim, de uma coisa podemos estar certos, devemos a nossa existência a essas populações, ao seu engenho e à sua sorte, sim, sorte, o tal factor que não controlamos e que é tão importante na vida de cada um de nós e de nós todos.

Bom Domingo

(clik na imagem. Jardim da Liberdade, recem acabado, em frente do Tribunal, ao fundo, onde até há pouco eram duas vias para automóveis. Este Jardim, na parte nobre da cidade, foi possível porque um emprenteiro construiu e explora um Parque de Estacionamento que lhe é subterrâneo recebendo também a receita dos parquímetros agora instalados em toda a parte central da cidade. Desta forma, são os habitantes da cidade que estão a pagar, e vão pagar durante muitos anos, uma obra importante de alindamento da sua terra)

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