TEREZA
BATISTA
CANSADA
DE
GUERRA
Episódio Nº 228
Um relâmpago nos olhos tão hostis quanto os frios olhos do doutor. Túlio perde um pouco da segurança habitual, mas logo se refaz, essa não pode mandar liquidá-lo nas terras da usina. Agora, quem pode fazer e desfazer é ele, Túlio Bocatelli.
- Posso ser-lhe útil em alguma coisa?
- Em nada.
Novamente ele a mede de alto a baixo e lhe sorri, olhar e sorrisos carregados de subentendidos:
- Ainda assim passe no Banco em Aracaju, vamos conversar sobre a sua vida. Não vai perder seu tempo…
Antes de concluir a frase, a porta da alcova se fecha na sua cara. Túlio ri:
- Braba, a bambina, eh!
O médico eleva as mãos num gesto impreciso, nada daquilo lhe agrada, noite ruim, de pesadelo. Tomara chegue logo a ambulância e leve o corpo. Em casa, a esposa dona Veva, o espera insone para lhe contar o resto. Cansado doutor Amarílio acompanha Túlio ao jardim, onde dorme na rede o psicanalista Olavo Bittencourt.
Na salsa de jantar, soltando exclamações, no auge da excitação, Marina ouve o cochicheio da criada. Nina detalha:
- O lençol todo sujo… Se a senhora quiser ver posso mostrar, guardei para lavar depois…
Enquanto a outra vai buscar o lençol, Marina corre à porta do quarto, chama o marido:
- Cristóvão, vem cá, depressa.
O lençol estendido em cima da mesa, a criada aponta as manchas, o sémen agora seco, Marina toca com a unha:
- Que nojeira!
Chegam do quarto Cristóvão e padre Vinícius.
- Que lençol é esse? – O padre não precisa de resposta para dar-se conta, não pode ser outro, certamente… Indignado ordena: - Nina, leve esse lençol embora, já! – Dirige-se a Marina:
- Por favor, dona Marina.
Atraídos pelas vozes, Túlio e o doutor Amarílio juntam-se ao grupo.
- O que se passa? - quer saber o italiano.
Marina vibra, está em seu clima habitual:
- Sabia que ele morreu em cima dela? Uma devassidão medonha… Viu o espelho no quarto? Como é que se vai fazer para trancar a boca dessa gente, para que ninguém venha a saber? Se a notícia se espalhar, vai ser bonito! Emiliano Guedes morrendo na hora…
- Se a senhora continuar aí gritando como uma histérica, toda a cidade vai saber agora mesmo, por sua boca – Túlio volta-se para Cristóvão: - Caro, tire sua mulher daqui, leve para junto da Apa que está sozinha no quarto.
São ordens, as primeiras ditadas por Túlio Bocatelli. (clik na imagem)
Um relâmpago nos olhos tão hostis quanto os frios olhos do doutor. Túlio perde um pouco da segurança habitual, mas logo se refaz, essa não pode mandar liquidá-lo nas terras da usina. Agora, quem pode fazer e desfazer é ele, Túlio Bocatelli.
- Posso ser-lhe útil em alguma coisa?
- Em nada.
Novamente ele a mede de alto a baixo e lhe sorri, olhar e sorrisos carregados de subentendidos:
- Ainda assim passe no Banco em Aracaju, vamos conversar sobre a sua vida. Não vai perder seu tempo…
Antes de concluir a frase, a porta da alcova se fecha na sua cara. Túlio ri:
- Braba, a bambina, eh!
O médico eleva as mãos num gesto impreciso, nada daquilo lhe agrada, noite ruim, de pesadelo. Tomara chegue logo a ambulância e leve o corpo. Em casa, a esposa dona Veva, o espera insone para lhe contar o resto. Cansado doutor Amarílio acompanha Túlio ao jardim, onde dorme na rede o psicanalista Olavo Bittencourt.
Na salsa de jantar, soltando exclamações, no auge da excitação, Marina ouve o cochicheio da criada. Nina detalha:
- O lençol todo sujo… Se a senhora quiser ver posso mostrar, guardei para lavar depois…
Enquanto a outra vai buscar o lençol, Marina corre à porta do quarto, chama o marido:
- Cristóvão, vem cá, depressa.
O lençol estendido em cima da mesa, a criada aponta as manchas, o sémen agora seco, Marina toca com a unha:
- Que nojeira!
Chegam do quarto Cristóvão e padre Vinícius.
- Que lençol é esse? – O padre não precisa de resposta para dar-se conta, não pode ser outro, certamente… Indignado ordena: - Nina, leve esse lençol embora, já! – Dirige-se a Marina:
- Por favor, dona Marina.
Atraídos pelas vozes, Túlio e o doutor Amarílio juntam-se ao grupo.
- O que se passa? - quer saber o italiano.
Marina vibra, está em seu clima habitual:
- Sabia que ele morreu em cima dela? Uma devassidão medonha… Viu o espelho no quarto? Como é que se vai fazer para trancar a boca dessa gente, para que ninguém venha a saber? Se a notícia se espalhar, vai ser bonito! Emiliano Guedes morrendo na hora…
- Se a senhora continuar aí gritando como uma histérica, toda a cidade vai saber agora mesmo, por sua boca – Túlio volta-se para Cristóvão: - Caro, tire sua mulher daqui, leve para junto da Apa que está sozinha no quarto.
São ordens, as primeiras ditadas por Túlio Bocatelli. (clik na imagem)
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