VÍDEO
Passei por uma experiência destas numa viagem da Ilha da Madeira para Lisboa, vindo de Angola, no ano de 1961, na altura do equinócio do Outono. O mar não tinha, talvez, esta agitação mas estaria ainda mais cavado. Digamos que era uma enorme, gigante e pacífica montanha russa que o Huíge descia, mergulhando completamente e subia trepando as montanhas de água que eram prependiculares à trajectória do navio. O Huíge, de passageiros e carga, felizmente trazia um bom lastro de milho que tinha carregado no Funchal. As sensações e reaçções... bom...variavam: Lembro-me de senhoras a chorarem agarradas aos filhos nos degraus das escadas... fazendo juras e promessas. A minha sensação, de rapazinho novo, foi de um medo temperado pela imponência do espetáculo, pela força da natureza, pela fragilidade humana e pela admiração por todos os homens que fazem a sua vida no mar. E, a esta distância, uma palavra para o Huíge que se portou muito bem. Ele foi o herói...
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