quarta-feira, novembro 23, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

À ENTREVISTA Nº 26 SOBRE O TEMA:

“O REINO DA TERRA” (última parte))

A Teologia da Libertação


Emergente na América Latina nos anos 60 e 70 do século XX, a Teologia da Libertação, encontrou s nas bem-aventuranças um texto-chave para promover e desenvolver uma prática e uma interpretação revolucionária da mensagem de Jesus.

A América Latina sendo a única região no mundo predominantemente cristã e com a maior desigualdade entre ricos e pobres, estava na fila para entrar neste continente onde os olhos dos teólogos e das comunidades, organizações religiosas e até mesmo bispos, resgataram a mensagem original de Jesus a favor dos pobres.

Existem muitas perspectivas a partir das quais parte da Teologia latino-americana da Libertação, se procurava libertar do cativeiro eurocêntrico, o que marcou uma ruptura da hegemonia doutrinal, espiritual e moral da Igreja Católica Romana no continente sul americano.

A Teologia da Libertação entende a Teologia não como um exercício teórico, mas como uma reflexão crítica sobre a vida em concreto na sociedade. Entende-a não como uma declaração ou recitação de verdades, mas como uma atitude perante a vida. Ela coloca o ser humano no centro e vê a realidade humana, especialmente as injustiças entre os seres humanos, não apenas como um objecto de análise, mas por uma razão para o compromisso. Mais ênfase na ortopraxia do que na ortodoxia. Entende a história como um processo contínuo da humanidade para a sua libertação individual e colectiva e pretende viver a história denunciando profeticamente as injustiças e anunciando a caminho da libertação.

Promove uma evangelização consciencializadora que permite transferências de uma consciência mágica e providencial para uma consciência crítica e comprometida com a causa da justiça e da paz.

A Teologia da Libertação resgata o Jesus histórico e leva em profundidade a dimensão política da sua mensagem. Revaloriza os grandes profetas do Antigo Testamento e coloca mais ênfase sobre o pecado estrutural do que nos pecados individuais. Insiste em que a relação com o próximo, especialmente os pobres, é o centro da fé cristã e ensina que a conversão do próximo é o sentido último da espiritualidade.

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