sexta-feira, fevereiro 03, 2012

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

À ENTREVISTA Nº 37 SOBRE O TEMA:
"A PERSONALIDADE DE JESUS"

O Jejum que Deus Quer


Entre o povo de Israel, o jejum era uma forma de humilhação diante de Deus. A intenção era dar mais eficiência à oração em momentos de perigo ou de provas. Havia dias de jejum, em que a lei religiosa determinava que todas as pessoas não deviam comer em memória de grandes calamidades nacionais ou para ajudar a implorar a Deus. Também poderiam jejuar como devoção pessoal.



Nos tempos de Jesus, atribuía-se grande importância a esta prática religiosa. Os fariseus estavam acostumados ao jejum duas vezes por semana. Dada as suas origens de essénio, João Batista, promovia certamente entre os seus discípulos a prática do jejum.

Tal como outras práticas religiosas, o jejum foi duramente criticado pelos profetas de Israel. Ele tinha-se tornado uma espécie de chantagem espiritual dos homens injustos pensado assim ganhar os favores de Deus, esquecendo a essência da religião: a justiça. Os profetas deixaram claro qual o jejum que Deus queria: “libertar os oprimidos, partilhar o pão, abrir as portas das a prisões. (Is 58,1-12).


Jesus não jejuava nem recomendava o jejum. Nenhuma das práticas tradicionais de penitência (o jejum, a abstinência, açoitamento , castigos corporais) que os cristãos praticam não têm a sua origem nos conselhos ou práticas de Jesus de Nazaré. Pelo contrário, essas práticas contradizem a sua mensagem, e algumas foram desqualificados por ele próprio.

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