sexta-feira, março 16, 2012

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

À ENTREVISTA Nº 42 SOBRE O TEMA:

“DELITO OU PECADO” (4)

O Crime mais Silenciado


O incesto foi a mais silenciada ofensa sexual em qualquer sociedade. Maior silêncio ainda se as vítimas eram filhos varões. Mais denso o silêncio quando eram os sacerdotes e religiosos quem cometiam os crimes. Mais denso porque os criminosos são protegidos por seus superiores ou porque as vítimas não se atreveram a falar dado o carácter "sagrado" de quem abusou deles. Na década de 80, começaram a ser ouvidos nos Estados Unidos as primeiras denúncias de padres, bispos e religiosos católicos, descobertos durante o pontificado do Papa João Paulo II e disfarçados com a cumplicidade e escondidos pela mais alta hierarquia católica e que aparecem no Capítulo IX, "Para além da Crença", do livro "O Poder e a Glória de João Paulo II: Santo ou Político" do Investigador britânico David Yallop (Editorial Planeta, 2007).

Um dos casos que Yallop não chegou a documentar no seu livro foi o dos Jesuítas dos Estados Unidos, que vão pagar 50 milhões de dólares a 110 esquimós que sofreram o abuso sexual de uma dúzia de seus membros, missionários no Alasca entre 1961 e 1987.

Um dos advogados das vítimas, disse: "Em algumas aldeias, é difícil encontrar um adulto que não tenha sido abusado sexualmente por homens que usaram a religião e o poder para estuprar, envergonhar e silenciar as crianças esquimós". E um dos membros da organização "Rede de Sobreviventes de Abusos Praticados por Padres" completou o quadro: “É difícil imaginar crianças mais isoladas e vulneráveis do que aqueles que vivem nestas aldeias remotas do Alasca”.

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