quinta-feira, novembro 07, 2013

Eram dezassete camelos...
A Herança dos 

Camelos



Um homem tinha dezassete camelos, três filhos e morreu.

Quando o testamento foi aberto, dizia que metade dos camelos ficaria para o filho mais velho, um terço para o segundo e um nono para o terceiro.

O que fazer?


Eram dezassete camelos. Como dar metade ao mais velho? Para isso um dos animais deveria ser cortado ao meio o que, evidentemente, estava fora de hipótese. E como dar depois um terço ao segundo filho e a nona parte ao terceiro?

Então, os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático que raciocinou muito mas não conseguiu encontrar a solução, já que o problema era insolúvel do ponto de vista da matemática.


Então alguém sugeriu:
-  "É melhor procurarem alguém que saiba é de camelos, não de matemática".

Procuraram, assim, o Sheik, homem bastante idoso e inculto, mas com muito saber de experiência feito.

Contaram-lhe o problema e o velho riu e disse: "É muito simples, não se preocupem".


Emprestou um dos seus camelos – passaram a ser agora 18 - e depois fez a divisão:


 - Nove, foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito. Ao segundo coube a terça parte - seis camelos - e ao terceiro filho foram dados dois camelos - a nona parte. Sobrou um camelo, o emprestado pelo velho que o levou de volta e disse:

-  Agora podem ir".

NOTA

Esta história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh e serve para ilustrar a diferença entre sabedoria e erudição. Ele conclui dizendo: "A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição. A cultura é abstracta, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência."

Ora vejamos:

17+1= 18

1º filho - 18/2= 9
2º '' - 18/3= 6
3º '' - 18/9= 2
9+6+2= 17 camelos (está cumprido o testamento)
18-17=1

Sobrou 1 camelo que foi devolvido ao proprietário, o Sheik.

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