Quando dançam sentem que são um só.... |
A Evolução
para Todos
(David Sloan Wilson)
As artes vitais
A Dança
Quando o famoso historiador William H. McNeil era jovem e trabalhava no seu doutoramento, em 1941, foi chamado para a tropa e enviado para o Texas para fazer a recruta.
O único e
McNeil não precisava da
sua formação superior para perceber que a aquela marcha de “ordem unida” se
tinha tornado completamente obsoleta no que dizia respeito a movimentos de
tropas e tácticas de campo de batalha.
Porém, para sua surpresa,
descobriu que gostava daqui lo.
«As palavras são
inadequadas para descrever as emoções suscitadas pelo movimento prolongado e em
sintonia que o movimento implicava.
Uma profunda sensação de
bem-estar é o que recordo; mais especificamente, uma estranha sensação de
alargamento pessoal; uma espécie de inchar, de me tornar no mundo, graças à
participação num ritual colectivo.»
A maioria de nós, hoje em
dia, pensa que dançar é um ritual de acasalamento realizado por pares ou algo
que pagamos para ver profissionais realizarem no palco, mas a maior parte da
dança ao longo da história tem sido tem sido um assunto de grupo.
Desde o treino militar até
às danças de êxtase religioso, às danças comunitárias de aldeia em ocasiões
festivas e às danças tribais dos povos indígenas por todo o mundo, há grupos de
pessoas que se reúnem para movimentarem os corpos em uníssono, por vezes
durante tanto tempo que caem de exaustão ou entram num estado semelhante ao
transe.
O efeito em todos os casos
é criar uma sensação de unidade entre os membros do grupo que dançaram juntos. Em
todas as ocasiões, as impressões de unidade e de concórdia eram intensamente
sentidas por todos os dançarinos, e essa era a função primordial da dança.
Isto foi afirmado por um antropólogo europeu A.R. Radcliffe- Brown mas podemos ouvir também o rei suazi Subhuza II que em 1940 explicava como os seus súbitos permaneciam unidos:
Isto foi afirmado por um antropólogo europeu A.R. Radcliffe- Brown mas podemos ouvir também o rei suazi Subhuza II que em 1940 explicava como os seus súbitos permaneciam unidos:
«Os guerreiros dançam e
cantam no Incwala – uma festa anual - , por isso não combatem, embora sejam
muitos e de todas as partes do país. Quando dançam sentem que são um e podem
manifestar o seu apreço mútuo.»
(continua)
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