Revolução Francesa - Queda da Bastilha (14/7/ 1789) |
Uma Lição
de História
(Por Bernardo Mariano)
2. Viragem do Séc. XVI para
XVII
(V parte – continuação)
O Concílio terminará 18 anos depois, dando início àqui lo que ficará a ser chamado de Contra-Reforma,
movimento de múltiplas ramificações na criação artística do tempo, sobretudo em
Itália, Espanha e Portugal
3. Viragem do Sec. XVIII para
o XIX
Este período exibe uma profunda e indestrinçável aliança entre o
pensamento, a arte e a política. Antes de tudo, temos o Iluminismo que é uma
corrente filosófica que vai transformar o pensamento Ocidental e é ainda hoje
uma marca da nossa civilização comum.
As ideias iluministas propagam-se graças à indústria da impressão, em
livros, jornais, revistas, folhetos, etc... Em meados do séc. XVIII pedia-se,
no campo das artes e da música, espontaneidade, simplicidade, sinceridade e
naturalidade em vez da frieza e das emoções “codificadas” dos sentimentos
estilizados do Barroco.
Bach, Emanuel, filho do grande Sebastião Bach, mais famoso, ao tempo,
que o pai e Goeth foram símbolos da música e da literatura dessa época. As
Bodas de Fígaro de Mozart anunciam os novos tempos, quando o assalto à Bastilha
já tinha seis meses.
Os factores que tinham
desencadeado a Revolução Francesa, no final do século XVIII, são fundamentalmente
de ordem ideológica e económica.
A miséria assolava a população, ao passo que a
monarqui a e o clero viviam no luxo
exploratório. Os ideais iluministas propunham um Estado laico e que
representasse o povo; paralelamente, a burguesia revoltava-se contra o regime
absolutista, que impunha uma pesada carga tributária e dificultava o
desenvolvimento do comércio.
As épocas revolucionárias e imperial (Napoleão) transformaram por
completo a Europa. Napoleão foi visto por muitos, incluindo Beethoven, como herói
libertador dos povos e difusor dos ideais da Revolução Francesa – Liberdade,
Igualdade e Fraternidade - mas o libertador não resistiu à volúpia do poder e
tornou-se, ele próprio, um tirano, nova reincarnação dos déspotas iluminados.
Os rastilhos deixados por toda a Europa da pólvora Napoleónica e pelas
guerras de libertação, depressa se iriam reacender e fazer do Séc. XIX, o
século das revoltas, dos levantamentos, das revoluções. As nações e os povos
estão em polvorosa.
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