terça-feira, maio 27, 2014

José Seguro/ António Costa










José Seguro na noite das eleições não fez a leitura correcta dos resultados do ponto de vista político que é aquele que interessa.

Cantou uma grande vitória quando, humildemente, deveria ter dito:

 -  “Camaradas, ganhámos mas esta vitória não chega para liderarmos um governo com estabilidade nas próximas eleições legislativas. Temos que trabalhar mais e melhor.”

Seguro preferiu um discurso pateta de vitória dos números e cai no ridículo porque os partidos da coligação aceitam unidos e com humildade a derrota dos números, escondendo o contentamento, felicidade e alívio que lhes vai na alma.

E agora o que vai fazer o PS com um “chefe” destes e que, ainda por cima, alcançou o melhor resultado das últimas eleições?

Lembram-se da sua expressão de felicidade quando Sócrates perdeu as últimas eleições legislativas e o Tó Zé saíu à porta do elevador do Hotel Altis?

Seguro é daqueles líderes que ganham porque os outros perdem e quando chegam ao poder defendem o lugar numa atitude do “agora tirem-me daqui ou eu não saio”.

Depois da leitura política feita por Seguro na noite das eleições não se pode esperar dele senão a defesa previsível do seu lugar e a dos seus “lugares tenentes”.

António Costa está acomodado.: é um Presidente da Câmara de Lisboa de sucesso e um previsível candidato vitorioso a Presidente da República.

Como diz hoje Ferreira Fernandes no Diário de Notícias, acerca da decisão de Seguro de votar favoravelmente a Moção de Censura ao Governo a apresentar pelo PCP, que dada a maioria dos deputados da Coligação só irá servir os seus interesses:

“ - António José Seguro não sabe, perante o aviso dos seus resultados pífios, reagir com força e inteligência. E nele isso é um caso irremediável: vê-se na cara.”




NOTA






Afinal, António Costa, vai sair da sua acomadação... acabei agora de saber, e disputar a liderança do partido.

Agora, sim, ficarão garantidas as possibilidades do PS vir no futuro a liderar um projecto político para o país.

Nos momentos mais difíceis o Partido Socialista não pode alinhar com as reservas. Como dizia o Cajuda, treinador de futebol, "há que pôr a carne toda no assador".


Foi, sem dúvida, uma boa notícia para todos os socialistas e também para o país. A dupla Passos/Portas que se cuide.

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